Introdução: Nos últimos anos identifica-se o acelerado envelhecimento populacional no Brasil, decorrente do aumento da expectativa de vida. Sabe-se que há uma maior propensão à ocorrência de quedas na população idosa em virtude da fragilidade oriunda do processo de envelhecer, contribuindo para episódios mais frequentes de fraturas de fêmur. Nesse contexto, as quedas contribuem para prejuízos significativos à saúde da população idosa, e assim se faz necessário compreender as variáveis que permeiam a ocorrência dessas fraturas. Objetivo: descrever a prevalência e o perfil epidemiológico de idosos acometidos por fratura fêmur no período de 2012 a 2022. Metodologia: trata-se de um estudo epidemiológico, com abordagem quantitativa, realizado no mês de julho de 2023, por meio das informações do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, via Tabnet/Departamento de Informática do SUS. As variáveis contempladas foram: faixa etária, cor/raça e sexo. Os dados foram analisados pelo software SPSS 13.0, organizados em gráficos e tabelas, com frequência absoluta e relativa. Por se tratar de uma pesquisa com dados secundários, não foi necessário apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: verificaram-se 607.134 internações por fratura de fêmur em idosos, sendo 51,67% ocorridas na região sudeste, seguido da região sul (18,97%), nordeste (18,9%), centro-oeste (6,5%) e norte (3,90%). O perfil epidemiológico evidência prevalência entre pessoas do sexo feminino (68,16%) e maior ocorrência entre idosos com idade acima de 80 anos (47,77%). Em relação à cor/raça, há predomínio de internações na população branca (44,07 %) e preta (30,26%). Considerações finais: os resultados encontrados elucidam o perfil de idosos acometidos por fraturas fêmur e apontam a sua ocorrência como fator significativo para o aumento da morbimortalidade dos idosos. Ressalta-se a necessidade de medidas eficazes frente a esses eventos e adequação da assistência a esse público.