Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
INDICADORES EMOCIONAIS, AUTOEFICÁCIA MATERNA E FATORES CLÍNICOS ASSOCIADOS EM PUÉRPERAS COM FISSURAS MAMÁRIAS
Relatoria:
Ana Luiza Dias Trajano
Autores:
- Regina Chely Lopes Fernandes
- Angela Lopes Nóbrega Fragôso
- Valéria Raimundo de Souza
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O leite materno é essencial nos primeiros seis meses de vida do bebê, fornecendo nutrientes e proteção contra infecções, promovendo o desenvolvimento cognitivo e motor, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho. No entanto, o desmame precoce ainda é comum devido à falta de suporte familiar e rede de apoio, retorno ao trabalho, intercorrências mamárias e fatores sociais e emocionais, como ansiedade e baixa autoeficácia. Esses elementos afetam a duração e qualidade da amamentação. É fundamental abordar essas questões para evitar o desmame precoce. Objetivos: Delinear o perfil clínico e avaliar a associação do risco de ansiedade e o nível de autoeficácia para amamentação em puérperas com fissuras mamárias assistidas pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley. Metodologia: O projeto atua na Unidade Materno-infantil do HULW. O público-alvo são puérperas lactantes, que deram à luz na referida maternidade e apresentam fissuras mamárias ou não. São realizadas visitas semanais ao HULW e as puérperas elegíveis são convidadas a participar do estudo. O método deste estudo é dividido em três etapas: 1. Análise documental de prontuários para coleta de dados; 2. Entrevista com as puérperas com e sem fissuras mamárias para aplicação do Inventário de Ansiedade do livro “A mente vencendo o humor” e Breastfeeding Self-Eficcacy Scale – Short Form (BSES-SF) versão brasileira, para a avaliação da autoeficácia para amamentação; 3. Análises estatísticas dos dados com o auxílio do software Statistical Package for Social Science (SPSS). Resultados: Foram entrevistadas 52 puérperas com fissuras mamárias e 46 sem fissuras. No grupo fissuras, 59,62% tiveram alta autoeficácia e 40,38% média autoeficácia. Das com alta autoeficácia, 3,2% não apresentaram sintomas de ansiedade, 32,3% com 12 a 20 sintomas. Nas com média autoeficácia, 47,6% referiram 11 a 21 sintomas. No grupo controle, 67,39% apresentaram alta autoeficácia e 32,61% média autoeficácia. Nas com alta autoeficácia, 9,7% sem sintomas, e 25,8% com 11 a 21 sintomas. Nas com média autoeficácia, 26,7% com 12 a 22 sintomas. Conclusão: O grupo controle apresenta uma proporção maior de puérperas com alta autoeficácia e sem sintomas de ansiedade, indicando que essas mulheres podem sentir-se mais seguras e competentes em relação à amamentação. Dessa forma, conclui-se que a presença de fissuras mamárias pode impactar a autoeficácia materna e causar mais ansiedade no puerpério, aumentando os riscos de desmame precoce.