Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PADRÃO DE MORBIDADE HOSPITALAR POR CÂNCER DO COLO UTERINO NO BRASIL
Relatoria:
NATÁDINA ALVES SOUZA CAMPOS
Autores:
- Amália Nascimento do Sacramento Santos
- Dhynar Alves dos Santos Ribeiro
- Tainara Costa dos Santos
- Miriam Jesus Cruz
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é o terceiro mais frequente na população feminina, quando excluído os cânceres de pele não melanoma. Contudo, cada região brasileira possui diferentes prevalências, a região Norte é a primeira; a região Nordeste e Centro-Oeste em segunda; região Sul em quarta posição e a região Sudeste em quinta. Objetivo: Identificar o padrão de morbidade hospitalar por CCU nas cinco regiões brasileiras no período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal, com abordagem quantitativa a partir de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), das internações com diagnóstico principal de CCU segundo raça-cor, faixa etária, período pandêmico e desfecho das internações. Resultados: No período estudado foram registrados 116.229 casos de internações tendo o CCU como causa base. Os maiores índices de morbidade foram na região Sudeste com 39,19% e no Nordeste com 26,04%, o menor percentual foi visualizado na região Centro-Oeste, somando 7,7%. No quesito raça-cor, as mulheres negras (pretas e pardas) apresentam os maiores registros, com 48,91%, sendo importante destacarmos os altos índices de registros sem a disponibilidade dessa informação que corresponde a 12,88%. A faixa etária dos 30 aos 49 anos concentrou a maioria dos casos (50,38%). No que se refere ao período pandêmico da Covid-19 percebeu-se uma redução nas internações entre o ano de 2019 (pré-pandemia) e 2020 com -1,57% e posterior crescimento nos dois anos seguintes: 1,1% e 0,72%. A taxa de mortalidade no período de estudo foi de 11,49%. Considerações finais: A morbimortalidade por CCU continua elevada nas regiões brasileiras, sendo observadas diferentes realidades em todo território nacional. Nesse sentido, os dados corroboram com a necessidade de melhorias nas políticas públicas de combate a este câncer imunoprevenível e com exame para rastreio disponível no Sistema Único de Saúde brasileiro. Além disso, faz-se necessário o desenvolvimento de novos estudos sobre a temática a fim de compreendermos os fatores que têm impedido melhorias nestes indicadores.