INTRODUÇÃO: No contexto atual do Brasil o número de trabalhadores informais é significativo, sendo as feiras livres responsáveis por parcela desta população, com um papel importante no abastecimento urbano e na economia. Entretanto, esses trabalhadores estão expostos a riscos ocupacionais (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos ou acidentais) durante o processo de trabalho, riscos estes que podem desencadear doenças ou agravos que comprometem diretamente a saúde do trabalhador. Vale ressaltar a vulnerabilidade dessa população quanto às condições adequadas de trabalho, o que leva a necessidade da educação em saúde destes feirantes visando a promoção e a proteção da saúde. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em ação educativa sobre os riscos no processo de trabalho em feira livre e central de abastecimento. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por acadêmicos de enfermagem que atuam como monitores do Projeto de Extensão Saúde do Trabalhador Informal vinculado a Universidade do Estado da Bahia – Campus XII e a Central de Abastecimento de Guanambi (CEASAG), localizado no município de Guanambi – BA, no mês de maio de 2023. RESULTADOS: A ação ocorreu através da abordagem aos feirantes em suas barracas/bancas. Inicialmente foi realizada uma conversa com questionamentos sobre os riscos no processo de trabalho e de como estes podem comprometer a saúde destes indivíduos, seguido de uma dinâmica, na qual o feirante sorteava uma imagem sobre os riscos ocupacionais e tentava identificar qual era o risco, em qual local da feira/centro de abastecimento ele o detectava e de que maneira o risco comprometia a saúde. A estratégia utilizada suscitou os participantes a refletirem sobre suas condições de trabalho, seguido por esclarecimento de dúvidas que surgiam no decorrer da dinâmica. Para finalizar a atividade foram entregues folders educativos para os participantes para uma leitura posterior. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se a precariedade de conhecimento desta população referente as condições de trabalho e seus impactos na saúde. Vale destacar que a educação em saúde proporciona um empoderamento dos indivíduos, reforçando e orientando a população quanto aos riscos que são expostos durante o processo de trabalho.