INTRODUÇÃO: A surdez trata-se de uma condição clínica caracterizada por déficit auditivo, o que pode provocar limitações associadas à percepção de estímulos sonoros. Desta forma, para garantir assistência humanizada, resolutiva e equânime, faz-se necessário que os profissionais busquem conhecimento diferencial, sobretudo, em relação à Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e de mecanismos que facilitem a compreensão e troca de informações com a população em questão. OBJETIVO: Relatar experiência de ações desenvolvidas por acadêmicos de enfermagem durante execução de projeto de extensão, evidenciando a necessidade da aplicabilidade da LIBRAS ao longo do exercício profissional. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa-ação desenvolvida por quatro discentes do Bacharelado em Enfermagem do Instituto Federal de Pernambuco do município de Pesqueira-PE, nas UBS’s Baixa Grande e Vila Anápolis I e II. Participaram 36 profissionais que atuam no atendimento pré-natal, desta forma o estudo estruturou-se a partir da seguinte questão norteadora: Qual o nível de conhecimento e dificuldades enfrentadas pelos profissionais da atenção básica acerca da assistência humanizada à gestante surda? RESULTADOS: Aplicou-se questionário estruturado para avaliar níveis de compreensão, onde verificou-se fragilidades no estabelecimento de diálogos e dificuldades em transmitir informações essenciais durante atendimento à gestante surda, em decorrência do baixo nível de conhecimento acerca da LIBRAS. Em seguida, foi realizada oficina de nível básico com o intuito de familiarizar os profissionais quanto à temática. Além disso, evidenciou-se a educação permanente como facilitador na comunicação e criação de vínculo na consulta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As atividades educativas realizadas contribuíram factualmente para o crescimento científico teórico-prático e sensibilização dos participantes, além de expor a importância de integrar a temática nos diversos espaços de formação em saúde. Ademais, as ações possibilitaram contato inicial com a LIBRAS, permitindo maior aproximação entre profissionais e gestantes surdas, corroborando com o princípio de atendimento humanizado ao enxergar as singularidades deste público.