INTRODUÇÃO: A gestante surda possui direito à saúde e inserção da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nos diversos setores. Nesse sentido, entende-se que o enfermeiro deve buscar formação continuada acerca da LIBRAS e das singularidades deste público, com objetivo de diminuir as dificuldades de comunicação, promover estabelecimento de vínculo e atendimento humanizado ao oferecer saúde com equidade. OBJETIVO: Analisar o papel do enfermeiro frente ao atendimento humanizado à gestante surda na atenção básica de saúde. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada durante o mês de julho de 2023, por meio do cruzamento dos Decs: Enfermagem; Pré-natal; Surdez, o qual ocorreu através das bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão elegidos foram: estudos na língua portuguesa, gratuitos e publicados nos últimos 05 anos (2018-2023), excluíram-se trabalhos que não se adequam à temática e oriundos da literatura cinzenta. Foram encontrados 07 artigos, no entanto, após análise crítica e utilização dos critérios, 06 artigos constituíram a amostra final. Este estudo busca responder a questão: Como o papel do enfermeiro frente ao atendimento à gestante surda na atenção básica tem sido descrito na literatura? RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os estudos apontaram a barreira comunicacional entre enfermeiros e gestante surda como a principal característica para intensificação de sentimentos negativos, assim, justifica-se a relevância dos profissionais buscarem conhecer a LIBRAS, bem como formas de transmissão de informações às clientes, desse modo, é possível garantir uma assistência inclusiva, participação ativa ao longo do pré-natal e fomento ao ambiente acolhedor e humanizado. Em suma, esta interação e formação de vínculo são fundamentais para certificar resolutividade e continuidade da assistência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro na atenção básica é fundamental para garantir assistência e avaliação do período gravídico-puerperal, por isso, é incontestável a necessidade de formação continuada acerca da LIBRAS, conhecer a realidade da gestante surda, bem como ferramentas que facilitem a comunicação. Este conhecimento possibilita estabelecer relações e redução do déficit assistencial, além de impulsionar significativas mudanças no processo de enfermagem, tal qual atendimento humanizado e integral que compreenda a especificidade da gestante.