INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando os vasos que transportam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, causando uma paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. OBJETIVO: analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por AVC ocorridos no estado do Piauí. METODOLOGIA: Um estudo descritivo transversal epidemiológico, que teve como intuito analisar os óbitos por Acidente Vascular Cerebral no estado do Piauí, no período de 2011 a 2021. Foram utilizados dados secundários oriundos do portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde que, por sua vez, compila os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para os cálculos das taxas foram empregados o software TabWin 4.1.5 e o programa Microsoft Excel. RESULTADOS: foram observados 10.588 óbitos por Acidente Vascular Cerebral nos anos considerados. O sexo masculino predominou entre os óbitos (n=5.248; 49,5%), assim como os indivíduos de cor parda (n=6.705; 63,3%) e sem nenhuma escolaridade (n=5.688; 53,7%), em relação a faixa etária, houve destaque entre os óbitos a idade de 80 anos ou mais (n=5.248; 49,5%). Óbitos em hospitais representaram o local com maior ocorrência (n=5.324; 50,3%) e, por fim, se destacaram maiores mortes entre indivíduos casados (n= 4.104; 38,7%). A taxa média de mortalidade no período foi de 29,92 óbitos por 100.000 habitantes com tendência linear decrescente (R2= 0,5512). Além disso, os maiores números de mortes foram observados em 2013 (n= 1.116; 35,0%) e, seguindo a pesquisa, a quantidade mais baixa de mortes ocorreu no ano de 2016 (n=834; 25,9%). Entretanto, é importante destacar que nos anos de 2020 e 2021, período em que estava ocorrendo a pandemia da COVID-19, houve uma baixa nos óbitos que podem ser resultado de subnotificação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se que, apesar do AVC apresentar uma taxa de mortalidade decrescente no estado do Piauí, se faz imprescindível o desenvolvimento de intervenções, pela equipe de saúde, de tratamento e prevenção do Acidente Vascular Cerebral, pois os números de óbitos, infelizmente, ainda são elevados. Ademais, deve ser analisada a possibilidade de subnotificações ocorridas nos anos iniciais da pandemia do COVID-19, visto que nesse intervalo as mortes tiveram um leve declínio. Portanto é necessária, uma maior cobertura para rastreio da doença, com intuito de minimizar o número de óbitos, além de auxiliar na implementação de políticas públicas de saúde.