Introdução: A hanseníase trata-se de uma doença infectocontagiosa, de caráter crônico, que embora seja curável, ainda prevalece em algumas regiões do mundo, principalmente na Índia e no Brasil. O agente causador é a bactéria Mycobacterium leprae, sua transmissão ocorre pelo contato prolongado e frequente, por meio de gotículas de salivas de doentes não tratados. Essa patologia pode desencadear algumas reações, as quais se dividem em tipo 1 e 2, que podem se apresentar antes, durante ou após o tratamento. Objetivo: No presente estudo foram avaliados os indicadores clínicos e epidemiológicos de pacientes em reação hansênica no estado do Maranhão. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado através dos dados coletados na plataforma DATASUS. Obteve-se a amostra de todos os pacientes que possuíram ambos os episódios reacionais, tipo 1 e 2 entre o ano de 2011 à 2021. Resultados: Houve grande prevalência no sexo masculino com mais de 70% dos casos sob o sexo feminino, destacando indivíduos da raça parda, com idade variando de 5 a 80 anos e com maior índice em analfabetos, até aos que já possuíam ensino médio completo. A preponderância entre as classes operacionais foi a multibacilar, afetando principalmente pacientes acometidos nas formas clinicas virchowiana e dimorfa. Os inúmeros casos de reações hansênicas podem está relacionadas à identificação precoce desses eventos clínicos. Conclusão: Dessa forma, faz-se necessária a priorização de ações de vigilância das reações durante e após o tratamento PQT, como medidas de prevenção de incapacidades físicas e de melhoria na qualidade de vida das pessoas com hanseníase.