INTRODUÇÃO: A complexidade em vivenciar a adolescência, por exemplo o desenvolvimento da sexualidade, pode gerar problemas como a gravidez indesejada. Sob o pressuposto de prevenir tanto a gravidez na adolescência quanto as infecções sexualmente transmissíveis foi implementado um projeto de intervenção que consistiu em dialogar efetivamente sobre estas questões com os jovens de uma escola pública. OBJETIVO: Relatar atividades de educação em saúde para a prevenção de gravidez e ISTs em adolescentes, bem como fomentar a aproximação entre Unidade Básica de Saúde e escola. METODOLOGIA: Relato de experiência vivenciado por discente de graduação em Enfermagem, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, durante a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado III. As atividades educativas foram realizadas com alunos do 8º e 9º anos, Escola Estadual Senador Dinarte Mariz, na cidade de Caicó/RN, em três dias distintos. Para tanto, foi construída uma história fictícia envolvendo a temática supramencionada. A partir disso, tem-se os desdobramentos das respectivas narrativas individuais e coletivas, possibilitando a participação ativa dos adolescentes. RESULTADO: Foram três dias de atividades educativas. No primeiro, a conversa girou em torno da personagem fictícia chamada “Lua” que suspeitava de estar grávida. Neste cenário, foi abordada a fisiologia da gravidez, prevenção e consequências da gravidez na adolescência. No segundo encontro, foram debatidas as infecções sexualmente transmissíveis, no qual houve o entendimento e diálogo quanto as suas causas, sinais, sintomas, tratamento e prevenção. Ao final, além de avaliarem a conversação, os participantes foram estimulados a relatarem dúvidas a respeito dos assuntos discutidos. No terceiro encontro, finalizou-se a ação com o fechamento da história e a resolução das dúvidas descritas anteriormente pelos participantes; e, por fim, apresentou-se a Unidade Básica de Saúde do bairro, os serviços ofertados e a equipe de Saúde da Família. CONCLUSÃO: este projeto de intervenção desencadeou a articulação entre universidade, serviços de saúde e comunidade escolar, destacando uma escola pública como equipamento social estratégico na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Além disso, os estudantes participaram das atividades educativas não como ouvintes de uma palestra tradicional, mas sobretudo como protagonistas dessa ação por meio de diálogos, questionamentos e atuação na história fictícia.