Introdução: A pandemia da SARS-CoV 2, iniciada na China em dezembro de 2019, tem ocasionado inúmeras e devastadoras consequências para a saúde pública mundial. No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020. Em um contexto político instável, com a ausência de uma coordenação nacional integrada aos estados e municípios, não foram criadas perspectivas favoráveis ao planejamento das estratégias de prevenção e de enfrentamento do avanço do vírus. Objetivo: Analisar a prevalência de óbitos por COVID-19 em profissionais do sistema socioeducativo da região norte e nordeste brasileiro. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com dados dos registros do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional – SISDEPEN, que realiza monitoramento quinzenal dos casos de contágios e mortes por COVID-19 nos sistemas socioeducativos da região nordeste e norte,no período de 15 de junho de 2020 a 15 de dezembro de 2021. Os dados foram realizados no software Microsoft Office Excel e utilizou-se regra de três simples para calcular a proporção de óbitos com base na quantidade de casos confirmados. Resultados: Foram confirmados 23034 casos de covid-19 na região nordeste e 6192 na região norte. Durante o período de 2021 (20/01/2021 –28/07/2021), foram confirmados 22639 casos na região nordeste e 9884 na região norte. Houve uma redução de 1,71% de casos confirmados de 2020 para 2021 na região nordeste, enquanto que na região norte houve um aumento de 37,35%. Em relação as mortes, houve uma redução de 2,13% no período de 2020 a 2021 na região nordeste e um aumento de 117,02% na região norte durante o mesmo período. Com relação ao período de 2021 (20/01/2021 – 28/07/2021), 22.639 (69,61%) dos casos confirmados de covid-19 são referentes a região nordeste. Ainda sobre o período de 2021, entre os 22639 casos confirmados na região nordeste, 275 (1,21%) resultaram em óbito. E região norte foram confirmados 9884 casos com taxa de mortalidade de, 102 (1,03%).Conclusão: Conclui-se, houve um aumento de casos confirmados e de óbitos na região Norte, em detrimento do decréscimo de casos confirmados e óbitos da região Nordeste, o que pode refletir na discrepância das ações de enfrentamento da pandemia implementadas em ambas as regiões, uma vez que não houve uniformidade das práticas em todo contexto nacional.