Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ÓBITOS POR HEMORRAGIAS PÓS-PARTO NO BRASIL NOS ANOS DE 2018 E 2019
Relatoria:
Gilmar da Costa e Silva Neto
Autores:
- Brisa Mendes Falcão
- Beatriz Barbosa da Silva Carvalho
- Laura Kelly de Oliveira Barbosa
- Laiane de Sousa Oliveira
- Zildânya da Silva Barros
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, do Sistema Único de Saúde (SUS), visa a diminuição dos índices de mortalidade materna e neonatal, garantindo o direito a atendimento digno e de qualidade durante toda a gestação, pré-natal, parto e puerpério. Frente a isso, a assistência prestada à puérpera e ao recém-nascido (RN), na primeira hora após o parto, também chamada de Golden Hour ou hora de ouro, é essencial. A Golden Hour se baseia em três pontos: clampeamento tardio do cordão umbilical, promoção e manutenção do contato pele a pele e início precoce do aleitamento materno. Estas intervenções, além de fortalecer o vínculo do binômio mãe-filho, ajudam ainda a diminuir as complicações pós-parto, como as hemorragias uterinas. OBJETIVO: Identificar a ocorrência de óbitos decorrentes de hemorragias pós-parto no Brasil, nos anos de 2018 e 2019. METODOLOGIA: É uma pesquisa epidemiológica descritiva e transversal, de abordagem quantitativa, realizada a partir de registros sobre a ocorrência de hemorragias pós-parto no Brasil, de 2018 a 2019, disponibilizados no Painel do Monitoramento da Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do CID-10. Foram coletadas as seguintes variáveis: cor/raça, faixa etária e região do país. Os dados foram digitados e analisados no Microsoft Excel. RESULTADOS: Entre os anos de 2018 e 2019, foram registrados no Brasil 30 casos de mortes por hemorragias pós-parto imediata e tardia, destacando-se o ano de 2018, com 17 (57,0%) registros. A maioria dos casos foi de mulheres que tinham de 30 a 39 anos de idade, 15 (50,0%), e que eram brancas ou pardas, cada variável com 14 (46,66%). Em relação às regiões do país, a Sudeste foi a que teve maior ocorrência de óbitos por hemorragias pós-parto, 13 (43,3%), seguida da Centro-Oeste, 6 (20,0%). CONCLUSÃO: As hemorragias, em geral, constituem uma das principais causas de óbitos maternos, portanto, faz-se necessária uma assistência qualificada da equipe multiprofissional, prestando os cuidados em especial durante a Golden Hour, a fim de identificar precocemente sangramentos e possíveis complicações no pós-parto, de modo a reduzir os índices de morbimortalidade materna nesse cenário.