Introdução: O pré-natal (PN) adequado é potente para o desenvolvimento gestacional saudável, abordando a complexidade física e mental do período para a mulher. A atenção primária a saúde (APS) tem papel fundamental nas reduções dos riscos materno-infantil, sendo que a Estratégia de Saúde de Família (ESF) é um espaço oportuno de ações resolutiva no cenário de vida da mulher. Objetivo: Descrever a experiência do uso de indicadores do contrato-gestão para o monitoramento da cobertura de pré natal em uma UBS. Método: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência sobre a cobertura do PN em uma UBS do município de São Paulo, baseado em ações de gestão do cuidado do pré-natal, desencadeado por mudanças nos indicadores de qualidade do PN. Ações foram instituídas desde a confirmação da gestação, como checklist de atendimento de abertura do PN, sendo: coleta imediata de exames de 1ª trimestre, atendimento na vacina, avaliação de saúde bucal e agendamento imediato de consulta. O monitoramento foi realizado semanalmente por cada enfermeiro em horário reservado para gestão do cuidado garantido em escala, além da gestão mensal dos indicadores do PN pela gerência local. Ressalta-se que para agendamentos e monitoramentos têm-se exclusivamente um profissional administrativo. Resultados e Discussão: Na avaliação dos indicadores de PN encerrados do primeiro semestre de 2023, foram contabilizadas 183 gestantes. Cerca de 85,6% tiveram captação precoce para abertura de PN (até 12 semanas). A consulta odontológica esteve presente em 81,8% dos casos. Quanto a garantia de 7 consultas ou mais, 93,1% das gestantes alcançaram este índice com aumento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Verificou-se que 97% das gestantes realizaram os exames conforme o protocolo, 2,8% maior que o primeiro semestre de 2022. A coleta do Streptococcus B foi realizada em 90,3% das gestantes. Conclusão: O PN de qualidade assegura assistência integral e torna-se barreira contra morbimortalidade materno-infantil. A gestão do cuidado realizado pelo Enfermeiro, atrelado a ações conjuntas locais e institucionais favorece o espaço seguro e autônomo do profissional. A criação de estratégias dinâmicas é essencial para ampliação do acesso ao PN.