Introdução: A sepse, em todo o mundo, possui elevadas taxas de mortalidade e morbidade. Contudo, é uma doença pouco conhecida pelos profissionais de saúde. O reconhecimento precoce da sepse pela equipe de saúde ainda constitui-se um desafio. Estratégias têm sido propostas e discutidas pela literatura para a sua identificação precoce. Entre elas, destaca-se a escala de deterioração clínica MEWS (Modified Early Warning Score). Objetivo: relatar o uso de um jogo de tabuleiro como estratégia educativa para o processo de ensino-aprendizagem da identificação precoce da sepse, por meio da escala MEWS. Método: Relato de Experiência que ocorreu em um hospital universitário nos meses de junho e julho de 2023, organizada por enfermeiros da instituição. A aplicação do jogo foi in loco e para a equipe de enfermagem, com duração média de 30 minutos. Criou-se um jogo de tabuleiro, denominado Jogo do MEWS, composto por 64 cartas divididas em quatro categorias diferentes, uma ampulheta, uma roleta e quatro pinos coloridos, podendo ser jogado por 2 a 8 jogadores ao mesmo tempo. Foram realizados o briefing e o debriefing. O jogo durou uma rodada até que algum jogador chegasse à última casa. Resultados: Participaram 40 profissionais, entre enfermeiros e técnicos em enfermagem. O Jogo do MEWS foi referenciado pelos mesmos como prático, interessante, dinâmico e incentivador. Observou-se durante o jogo o desconhecimento prévio e/ou desinteresse e a falta de familiaridade de alguns profissionais com a escala de MEWS, fato que foi se transformando ao longo das partidas, pois os profissionais participaram ativamente, aprendendo a realizar o cálculo, utilizando a escala proposta e quebrando paradigmas. A forma lúdica e ativa do jogo estimulou a participação dos profissionais que muitas vezes verbalizaram a vontade de jogar e compartilhar seus conhecimentos. Considerações Finais: A prática do jogo MEWS corrobora com os achados de outros estudos que evidenciaram resultados assertivos no uso de tecnologias educativas em saúde, como o uso de jogos de tabuleiro, na facilitação da aprendizagem e envolvimento dos profissionais nas práticas propostas. A experiência relatada fortalece o movimento de mudança das novas tendências do ensino-aprendizagem em saúde, principalmente na educação continuada em serviço, como forma de aumentar a adesão dos profissionais e permitir a troca de experiências e construção de conhecimento.