INTRODUÇÃO: A amamentação cruzada é caracterizada pela prática em que o leite materno é oferecido a um filho não biológico. Essa atividade apresenta uma relevância histórica no Brasil, entretanto, é fortemente contraindicada pelo Ministério da Saúde. Apesar disso, sua prática continua muito presente, visto que o aleitamento materno é associado a um ato de amor e cuidado. Logo, é necessário a orientação sobre os malefícios do aleitamento cruzado, sendo esta uma função do enfermeiro. OBJETIVOS: Evidenciar a importância do encargo do enfermeiro na contraindicação da prática de amamentação cruzada. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, em que foi utilizado como ferramenta de pesquisa o google acadêmico, com o descritor “amamentação cruzada”, filtros de recorte temporal dos últimos 6 anos e páginas em português. Também foi usado a base de dados da Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz. Após leitura crítica, foram selecionados 2 artigos e 1 matéria que atenderam o objetivo do estudo. RESULTADOS: Evidenciou-se um déficit na função do enfermeiro em relação à orientação às lactantes acerca do aleitamento cruzado. De acordo com pesquisa realizada com enfermeiros nos distritos de Duque de Caxias, foi detectado que esses profissionais não discutem o suficiente e de forma adequada com as grávidas e puérperas acerca do assunto, já que essa prática desencadeia inúmeras possibilidades de disseminar doenças infectocontagiosas, como por exemplo: HIV e HTLV, sendo o leite um fluido corporal potencialmente infectante. Também é necessária a orientação sobre as possibilidades que possam substituir a amamentação cruzada, podendo incluir, a importância da doação para os bancos de leite humano, já que o leite materno passa por examinação e pasteurização, assim, tornando-o menos suscetível a transmitir doenças e atendendo melhor mulheres que não podem amamentar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Fica evidente os motivos que justificam a contraindicação da amamentação cruzada. Ao promover essas informações, o enfermeiro capacita as mães a enfrentarem possíveis dificuldades na amamentação, contribuindo para uma experiência mais gratificante e saudável. Nesse contexto, o papel do enfermeiro torna-se ainda mais relevante e benéfico para o bem-estar da população infantil, uma vez que a orientação é essencial para garantir práticas seguras e proteger a saúde dos lactentes, reduzindo a possibilidade de transmissão de doenças.