Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta o desenvolvimento da comunicação, socialização e comportamento. Diante da crescente presença de estudantes portadores de TEA nas escolas, é essencial que a educação em enfermagem adote abordagens inclusivas para garantir o bem-estar e o sucesso acadêmico desses alunos, já que estes necessitam de cuidados especiais por parte dos profissionais de saúde. Muitos desses alunos podem apresentar necessidades de apoio específicas, como apoio na comunicação, adaptações no ambiente escolar e estratégias para lidar com situações de estresse ou sobrecarga sensorial. Os desafios incluem a compreensão das características do TEA, a capacidade de adaptar as práticas de enfermagem para atender às necessidades individuais dos alunos e a garantia de um ambiente seguro e acolhedor. Objetivos: Sintetizar evidências científicas acerca da importância da educação inclusiva na graduação de enfermagem. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em julho de 2023, cujos dados foram coletados nos Bancos de Dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), SciELO e UFRN. Utilizou-se os seguintes descritores: Transtorno do Espectro Autista, Educação em Saúde, Enfermagem. Os critérios de inclusão foram idioma português, não ser revisão de literatura e ter sido publicado nos últimos 5 anos. Dos artigos científicos identificados, 10 se encontravam dentro dos critérios de inclusão, e foram utilizados para compor a amostra final da revisão. Resultados: Verificaram-se os desafios enfrentados na educação em enfermagem por estudantes portadores do TEA e ressaltou-se a importância de abordagens inclusivas. A formação de profissionais de enfermagem capazes de compreender, adaptar e oferecer suporte adequado aos estudantes com TEA é essencial para promover um ambiente educacional inclusivo e para o desenvolvimento de futuros profissionais de saúde mais capacitados e empáticos. Considerações finais: Pode-se, por meio deste estudo, ressaltar a necessidade de uma compreensão profunda acerca das características do TEA por parte dos profissionais da saúde, para que possam adaptar suas práticas e fornecer um suporte adequado. A partir disso fica evidente a importância da criação de um ambiente escolar seguro e acolhedor, no qual os estudantes portadores do TEA possam se desenvolver socialmente e academicamente, construindo assim uma força de trabalho e de saúde mais sensível e capacitada.