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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DA BAHIA E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DA ENFERMAGEM
Relatoria:
Jéssica Nayara da Silva Prado
Autores:
  • Camila Santana Morais
  • Luana Santana Santos
  • Lorena Sena Bandeira
  • Ricardo Bruno Santos Ferreira
  • Darlyane Antunes Macedo
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde, a mortalidade materna é um trágico evento que pode ocorrer no decurso do processo gravídico-puerperal, que corresponde ao período durante a gestação ou de até 42 dias após seu término. A redução desse indicador está relacionado com a qualidade da assistência ofertada na atenção primária, contexto em que a enfermeira se insere como responsável pela produção do cuidado, desde o acolhimento à gestante, até o acompanhamento da mulher no parto e puerpério. OBJETIVO: Descrever os óbitos maternos no estado da Bahia, entre os anos de 2018 a 2021 e as implicações para a prática da enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, realizado com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), cuja população foram os óbitos registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os critérios de inclusão foram os óbitos maternos na Bahia, entre os anos de 2018 a 2021. Além disso as variáveis estudadas foram: ano, escolaridade, causa da morte, faixa etária, raça/cor e local de ocorrência. Os dados foram tabulados no software Excel e analisados através de estatística descritiva. RESULTADOS: Durante o período, foram registrados 459 óbitos maternos no estado da Bahia. Evidenciou-se um crescimento nas taxas, saindo de 93 (20,26%) em 2018 para 164 (35,73%) em 2021. Os óbitos foram prevalentes entre mulheres de 30 a 39 anos, com 212 casos, (46,19%), que tinham 8 a 10 anos de escolaridade, sendo 179, (39,0%) e de raça/cor negra, representando 377 mulheres (82,14%). Tais óbitos foram majoritariamente de causas diretas, totalizando 239 (52,07%), e 413 destes ocorridos em ambiente hospitalar (89,98%). Diante tal cenário, verifica-se a essencialidade de enfermeiras capacitadas para acompanhar a gestação visando prevenir complicações que possam culminar na morte materna. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Houve aumento sustentado de óbitos maternos durante o período, acometendo, prevalentemente, mulheres negras, de 30 a 39 anos, com 8 a 10 anos de estudo. Frente a isto, urge a necessidade do fortalecimento de políticas concernentes à saúde da mulher, sobretudo, voltadas à assistência pré-natal e capacitação de enfermeiras para certificar a qualidade deste serviço. Portanto, é fundamental que os profissionais compreendam os indicadores de mortalidade materna para, a partir daí, construir um cuidado que contribua para redução do risco de morte da mulher no período gravídico-puerperal.