O DM tipo 1 é uma doença metabólica, grave e autoimune, causada pela destruição das células beta-pancreáticas que são responsáveis pela produção de insulina. A OMS aponta que o DM tipo 1, é uma das doenças crônicas mais relevantes na infância. Nesse contexto, é de suma importância a atenção ao estado psicossocial de crianças e adolescentes, a aceitação da condição se torna mais complexa tendo em vista a transição entre infância e adolescência, o que pode desencadear anseios, baixa produção escolar, depressão, e a exclusão do convívio social. Dessa forma, torna-se necessário que essas crianças e adolescentes portadoras de DM1, como também seus cuidadores, tenham um acompanhamento multiprofissional de saúde que busque a promoção do autocuidado, e consequentemente melhor qualidade de vida. Objetiva-se analisar na literatura os impactos psicossociais do Diabetes Mellitus tipo 1 em crianças e adolescentes. Trata-se de uma revisão integrativa na literatura norteada pela pergunta “Quais os possíveis impactos psicossociais do Diabetes Mellitus tipo 1 em crianças e adolescentes?” Foi realizada busca nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF e IBECS, com utilização dos DeCS “Diabetes Mellitus tipo 1”, “Impacto Psicossocial”, “Criança” e “Adolescente” com o uso dos operadores Booleanos “AND” e “OR”. Os critérios de inclusão voltaram-se para estudos que estivessem de acordo com a temática, nos idiomas inglês, português e espanhol, de acesso gratuito e dos últimos 10 anos. Com a filtragem, foi concedido uma amostra de 12 estudos e após análise minuciosa, foram selecionados 4 artigos para compor a pesquisa. Os estudos demonstraram que o público infantil e adolescente vítima do DM tipo 1 em sua maioria não apresentam impactos psicossociais, mas a outra parcela apresenta depressão, ansiedade, angústia, baixa autoestima e isolamento social, associado ao bullying e estigmas em evidência neste público. É válido ressaltar que os impactos atingem também os familiares, ocasionando em ansiedade e menor qualidade de vida. Dessa forma, consequentemente ocasionando em menor efetivação do tratamento, complicações do DM e redução da qualidade de vida para o indivíduo e familiar. Conclui-se que além do tratamento da DM tipo 1 em crianças e adolescentes deve atentar-se a fatores psicossociais. Dessarte, é válido salientar que estudos neste âmbito merecem ser melhor explorados, tendo em vista que a escassez de estudos específico ao público pediátrico.