Introdução: A violência contra a mulher é um problema de saúde pública e gera inúmeras consequências negativas em todos os âmbitos da vítima. A lei Maria da Penha, de n. 11.340/2006, define a violência doméstica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Posto isto, compreende-se que a assistência de enfermagem à mulher vítima de violência sexual vai muito além de cuidados técnicos, e necessita de um maior acolhimento e humanização assistencial para com a vítima. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar nos textos científicos a assistência da enfermagem perante as mulheres vítimas de violência sexual. Método: Trata-se de uma análise bibliográfica, do tipo revisão integrativa da literatura, baseado em artigos completos, nos idiomas português e espanhol por produções científicas acerca da saúde das mulheres vítimas de violência sexual, publicados entre 2015 a 2021, com buscas na Biblioteca Virtual de Saúde, onde foram utilizados as bases de dados BDENF, MEDLINE, e SCIELO. Com os descritores: Violência contra a mulher; Delitos sexuais; Cuidados de Enfermagem. Resultados: Foram avaliados oito artigos, onde todos falam acerca da assistência da enfermagem às mulheres vítimas de violência sexual. Foi levado em consideração, o ano de publicação, o país de origem, a fonte primária do estudo, a formação profissional dos autores, o método do estudo e os resultados encontrados. Constata-se que a enfermagem é uma profissão essencial na assistência às vítimas de violência sexual, porém essa classe enfrenta diversos obstáculos no que se refere aos atendimentos, devido à má capacitação dos enfermeiros. Conclusão: O estudo busca compreender a atuação do enfermeiro frente a uma assistência humanizada às mulheres vítimas de violência sexual, a importância de mais pesquisas relacionadas a essa temática, e a necessidade de mais enfermeiros capacitados em Enfermagem Forense, com o intuito de formar profissionais qualificados para o manejo das mulheres vitimadas, que recorrem aos serviços do Sistema Único de Saúde como alternativa para o enfrentamento do trauma vivido.