Reconhecida como uma das lideranças da enfermagem brasileira a enfermeira Lore Cecilia Marx na sua trajetória profissional contribuiu ativamente para o desenvolvimento enfermagem. Ao questionar quais foram suas contribuições esta pesquisa objetivou descrever uma síntese biográfica da enfermeira Lore Cecilia Marx. Trata-se de uma pesquisa biográfica com a utilização dos dados de uma entrevista pertence ao acervo do Centro Histórico Cultural da Enfermagem Ibero-Americana da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Lore nasceu em Santa Cruz do Sul Rio Grande do Sul (RS) em 22 de julho de 1937. Formou-se em enfermagem no ano de 1963 na Escola Nossa Senhora Medianeira em Santa Maria do Socorro – RS. No período de 1963 a 1966 trabalhou na Santa Casa de Londrina - Paraná (PR), depois fez especialização em Administração Hospitalar na Faculdade de Saúde Pública da USP. Retornou a Londrina no final de 1967 e por cerca de 3 meses trabalhou como enfermeira assistencial e chefia do Hospital de Londrina. Depois disso, veio para São Paulo para dirigir a Gastroclínica, trabalhou no Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) por 20 anos. No HAOC conseguiu implementar plano de carreira, cargos e salários, unidades pilotos, estagiários da graduação de enfermagem remunerados e incentivos para qualificação profissional. Foi pioneira no Brasil na implantação do sistema de assistência Primary Nursing. A enfermeira Lore se destacou como professora universitária, assessora e consultora na área de gerenciamento em enfermagem. Publicou livros sobre competências gerenciais na enfermagem. Foi conselheira suplente do Conselho Federal de Enfermagem durante o triênio 1982-1985, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem, secção São Paulo triênio 1989-1992 e participou da diretoria da Associação Nacional de Gestão de Pessoas em Enfermagem em 2010. Assim evidenciou-se que a enfermeira Lore é uma liderança na enfermagem que no início de sua carreira na gestão se sentia muito insegura e ao longo de sua experiência profissional foi aprendendo a liderar, a lidar com as pessoas, a trabalhar com elas para que elas trabalhem como líder e não usar as pessoas, acreditando que a autonomia e a responsabilidade do enfermeiro quanto à tomada de decisões é o diferencial para a categoria.