INTRODUÇÃO: O Serviço Residencial Terapêutico – ou Residência Terapêutica – está inserido na Política Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde e se trata de um local de moradia destinado a pessoas que passaram por internações psiquiátricas e que, por este motivo, apresentam dificuldades em retomar laços sociais e familiares que existiam antes da internação (BRASIL, 2004). As residências estão situadas em ambiente urbano e possuem suporte por parte de profissionais da saúde capacitados para atender as necessidades individuais de cada residente. OBJETIVO: Relatar a experiência de uma visita a Residência Terapêutica de Cajazeiras, realizada por estudantes da unidade acadêmica de enfermagem durante a disciplina de saúde mental. METODOLOGIA: Durante a visita, fora realizada uma roda de conversa, onde cada domiciliado pôde partilhar sobre sua vida, enfatizando suas experiências durante a vivência na residência. O foco principal nesse momento foi a escuta ativa por parte dos estudantes, a fim de tornar o ambiente o mais confortável possível para os moradores. Também foram realizadas atividades lúdicas como jogos de memória e jogo da velha, com a participação de quatro residentes. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os moradores se apresentaram muito animados e receptivos, mostrando com orgulho seus quartos e a casa, satisfeitos com a vida que levam. Na casa, vivem seis pessoas. Confortável e muito bem organizada, a residência torna o convívio dos moradores semelhante a uma família. Os cuidados domésticos são divididos entre eles e isso é necessário para obter um sentimento de identidade e autonomia. Seus cuidadores se mostram dedicados e afetuosos para com eles. No decorrer da conversa, é notório o desejo de atenção e a necessidade de desenvolver relações sociais. Após a roda de conversa, foram apresentados os jogos. Essa foi uma forma de distração, divertimento e trabalho cognitivo dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através das Residências Terapêuticas, é possível reinserir seus usuários socialmente, derrubando a cada dia o estigma psiquiátrico. Essas unidades devolvem aos usuários seu sentimento de pertencimento e sobretudo sua humanidade.