Introdução:Em 2014 houve o lançamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), tendo como objetivo a promoção da saúde da população penitenciária brasileira através do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, mesmo com os planos institucionais, existem diversos problemas estruturais e sociais que influenciam diretamente na qualidade de vida destas mulheres. Compreender quais as dificuldades de acesso à saúde de mulheres em regime prisional possuem, auxilia na adaptação das atividades de promoção à saúde. Objetivo: Identificar as dificuldades e as barreiras quanto ao acesso à saúde das mulheres no sistema prisional. Metodologia: Pesquisa do tipo revisão integrativa em que buscou-se artigos completos publicados nos últimos cinco anos, em inglês ou portugues provenientes das bases de dados ScieLO, Pubmed e LILACS. Excluiu-se monografias, dissertações, teses, livros e sites, para a busca os operadores booleanos AND e OR foram combinados com uso das palavras chaves e Descritores em Ciências da Saúde (Decs) / Medical Subject Headings (MeSH): Jails; Prisons; prison system; Incarceration; Incarcerated; Women; Women's health; quality of life. Excluiu-se qualquer literatura que não seja artigo, artigos incompletos e resumos de eventos. Resultados: A busca resultou em 567 publicações, sendo 5 artigos incluídos. As mulheres no sistema prisional enfrentam superlotação e condições estruturais precárias, ambiente insalubre, falta de higiene, alimentação inadequada e água de má qualidade contribuem para o desenvolvimento ou agravamento de doenças. A falta de cobertura adequada de cuidados de saúde nas prisões e falta de conhecimento pode levar a problemas de saúde pré-existentes agravados ou a novas doenças desencadeadas. Mesmo com a garantia de assistência em saúde, existe ainda dificuldades na atenção à saúde sexual e reprodutiva, incluindo o pré-natal e os cuidados durante o ciclo gravídico-puerperal. Considerações Finais: Mulheres no sistema prisional enfrentam vulnerabilidade social, impactando sua saúde devido a fatores externos e internos. É indispensável a atuação do enfermeiro e da equipe multiprofissional dos presídios e unidades responsáveis, assegurando o direito e o acesso à saúde das mulheres no sistema prisional.