Introdução. A síndrome de Down (SD) é a anomalia cromossômica mais frequente entre lactentes, que apresentam algumas características associadas: tônus muscular reduzido, palato alto e sucção enfraquecida, que acarretam prejuízos à amamentação. As dificuldades encontradas durante a amamentação podem desmotivar as lactantes a ofertar o leite materno, entretanto, este é fundamental para crianças com SD devido aos compostos protetores presentes no leite. Além disso, a amamentação proporciona o fortalecimento os músculos da língua e da mandíbula, melhorando as expressões faciais e o desenvolvimento da linguagem. Objetivo. Entender como a Síndrome de Down interfere no aleitamento materno e as dificuldades encontradas pelas lactantes. Metodologia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com busca de artigos indexados nas bases de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual de Saúde - BVS e SciELO – Scientific Electronic Library Online, em agosto de 2023, a partir da combinação dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS) “Enfermagem”; “Aleitamento Materno” e “Síndrome de Down”. Foram elegíveis 17 estudos a partir dos critérios de inclusão: on-line e na íntegra, em idioma português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos 5 anos; Foram excluídos artigos sem resumo e incompletos. Ao fim, foram selecionados 5 artigos. Resultados. Para a realização da amamentação exclusiva em lactentes com SD, as mães necessitam de orientação antecipada e apoio profissional e familiar, principalmente durante os seis primeiros meses. A participação ativa da equipe de enfermagem atuando na educação sobre aleitamento materno pode influenciar na amamentação, baseado em estudos recentes que apontam tal fator como precursor às taxas mais elevadas de amamentação. Os lactentes com SD e sem complicações de saúde estão associados a boas condições de estabelecer uma amamentação completa, ao passo que, bebês com doença aparente ou malformação associada a síndrome apresentam maiores dificuldades na lactação contínua. Considerações finais. É fundamental para as novas mães com lactentes SD o apoio dos profissionais de saúde com conhecimento sobre amamentação de bebês com necessidades especiais. Estes devem encorajar e incentivar o aleitamento materno excluso por no mínimo seis meses, mostrando que é possível amamentar com sucesso. Além disso, deve-se conscientizar os profissionais da saúde sobre os benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento da criança com SD.