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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
MORTALIDADE POR LESÃO RENAL AGUDA NO BRASIL: ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL ENTRE 2011 A 2021
Relatoria:
Jaqueline de Jesus Alves
Autores:
  • Ana Carolina Santos Lima
  • Natalia Oliveira Trindade
  • Rita de Cassia Almeida Vieira
  • Eduesley Santana Santos
  • Ana Carla Ferreira Silva dos Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A lesão renal aguda (LRA) é marcada por um declínio repentino reversível da capacidade dos rins de filtrar os resíduos no sangue, pode ser mensurado pelo aumento nos níveis de creatinina ou pela diminuição do volume urinário. Considera-se um problema de saúde pública devido à sua ocorrência em pacientes críticos e hemodinamicamente instáveis, alta taxa de mortalidade e desfechos desfavoráveis. Objetivo: Verificar a tendência de mortalidade por lesão renal aguda no Brasil entre os anos de 2011-2021. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico, ecológico, de abordagem quantitativa com dados secundários disponíveis no site do TABNET DATASUS. Foram coletadas informações de óbitos dos pacientes com diagnóstico de LRA CID-10 no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2021. As taxas de mortalidade foram associadas ao sexo, faixa etária e às regiões na série histórica analisada. Os casos absolutos e frequências relativas foram tabulados no programa Excel® 2019. Para estimar a tendência de mortalidade no período, aplicou-se um modelo de regressão linear por meio do programa estatístico Joint Points 5.0.2. Resultados: No período de 2011 a 2021 foram notificados 14.731.782 óbitos no Brasil e por LRA esse número foi de 51.132, assim, a taxa de mortalidade por LRA foi de 0,23% por 100 mil habitantes. Quanto ao sexo, observou-se aumento significativo da mortalidade por LRA nos pacientes do sexo feminino com ocorrência de 23.360 casos, apresentando tendência de aumento com variações percentuais anuais (APC) de 5,4 (IC 95% 3,9 - 6,9; p<0,0001). Em relação ao sexo masculino, observou-se aumento expressivo na tendência da mortalidade por LRA, com AAPC/APC de 5,7 (IC 95% 4,0 - 7,5; p<0,0001). Quanto à faixa etária, a mortalidade foi maior nos pacientes com idade > 60 anos, especialmente no ano de 2021 com 5.367 óbitos e taxa de mortalidade de 0,17%. Das cinco regiões brasileiras estudadas, somente Sul e Sudeste apresentaram valores de mortalidade superiores à taxa nacional. Após os resultados da análise de tendências é possível aferir que houve uma tendência crescente em todo o Brasil, com APC/AAPC 3,4 (IC 95% -12.3 a 22.0). Conclusão: Desse modo, observou-se aumento significativo da tendência de mortalidade no Brasil por LRA durante o período de estudo. O aumento substancial da mortalidade por LRA no ano de 2021 pode ser atribuído às consequências da pandemia de COVID-19 e ao longo período de internação vivenciado durante a pandemia.