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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
MORBIMORTALIDADE MATERNA E SUAS REPERCUSSÕES NO BRASIL: REVISÃO NARRATIVA
Relatoria:
Ingrid Azevedo dos Santos
Autores:
  • Raphaela Cordeiro de Lemos
  • Yanna Madsan Fernandes Farias
  • Layane Carolaine da Silva Sena
  • Natália Gentil Linhares
  • Sandra Lúcia Arantes
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A mortalidade materna é um grave problema de saúde pública e apresenta um lento decréscimo mundial dos seus indicadores. Em 2009, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu um conjunto de critérios de gravidade para classificar condições potencialmente ameaçadoras à vida e near miss materno, como a internação da mulher em unidade de terapia intensiva, realização de intervenções (histerectomia e transfusão sanguínea), a ocorrência de determinadas disfunções orgânicas maternas (eclâmpsia, sepse e ruptura uterina), entre outras. Nos casos em que tais condições não são resolvidas levando à morte, tem-se a mortalidade materna. Independentemente da causa declarada, os óbitos maternos e de mulheres em idade fértil são obrigatoriamente investigados, pois sofrem influência dos fatores socioeconômicos e da qualidade da assistência ofertada à mulher em todo o ciclo gravídico-puerperal. Objetivo(s): Identificar e analisar na literatura a situação da morbimortalidade materna no Brasil. Método: Revisão narrativa, com seleção de artigos nas bases de dados Scielo e BVS, documentos oficiais da Legislação e Órgãos Federais Brasileiros. Foram selecionados e analisados qualitativamente artigos nacionais publicados nos últimos 10 anos. Resultados e Discussão: Segundo o Ministério da Saúde, de 1990 a 2020 houve uma redução significativa no coeficiente de mortalidade materna. Mesmo assim, o Brasil continua acima do limite aceitável, demonstrando 57 óbitos por 100 mil nascidos vivos. A mortalidade materna se dá por causas obstétricas e não obstétricas e ocorre no período gravídico-puerperal. Morte materna não obstétrica decorre de causas não relacionadas à gravidez e seu processo, enquanto a morte obstétrica é decorrente de problemas que podem ser diagnosticados e controlados durante esse período, ou por complicação de uma doença prévia. Considerações Finais: Os resultados evidenciam que a qualidade da assistência obstétrica, as dificuldades de manejo das complicações de morbidade (hipertensão, hemorragias graves e infecções) e a falta de entendimento da complexidade da assistência necessária, levam ao óbito. A atenção à mulher na gestação, no parto e no puerpério é um desafio mundial, por isso está integrada nos Objetivos do Milênio e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, visando melhorias na saúde materna, manejo da morbidade e redução da mortalidade, principalmente em casos evitáveis.