LogoCofen
Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ACESSO AO EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO POR MULHERES IMIGRANTES
Relatoria:
Joabe Balestre Jose
Autores:
  • Naiara Fernanda Back Hoffmann
  • Eduarda de Freitas
  • Andressa Oliveira
  • Helen de França Kailer
  • Camila Cristiane Formaggi Sales Ribeiro
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres (17.010 novos casos a cada 100 mil mulheres). Para detecção precoce, o rastreamento deve ser realizado a partir dos 25 anos, se já iniciada a atividade sexual, e repetido a cada três anos, se os dois primeiros exames anuais forem normais. A saúde abrange diferentes dimensões e deve ser pensada e aplicada sem as restrições de fronteiras, com um esforço global para que as condições de saúde sejam equânimes. Diante disso, o acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) por imigrantes é assegurado pelos princípios da integralidade, universalidade e equidade que norteiam o Sistema. Logo, faz-se necessário a inclusão de imigrantes no rastreamento do câncer de colo de útero. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem frente ao atendimento de mulheres imigrantes em consultas de enfermagem para coleta de material citopatológico. Metodologia: relato de experiência sobre a Atividade Prática Supervisionada (APS) da disciplina de Enfermagem em Saúde da Mulher - Ginecologia e Obstetrícia realizadas entre 21 de março a 26 de abril, no período vespertino em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Cascavel/PR. A captação de mulheres ocorreu por meio de convite em sala de espera e agendamentos realizados na recepção da UBS. Resultados: foram atendidas mulheres brasileiras e imigrantes de nacionalidade venezuelana e haitiana. De maneira geral, demonstraram receptividade à abordagem dos acadêmicos. O material citopatológico foi coletado pelos acadêmicos sob supervisão da professora, bem como a avaliação das mamas e orientação sobre a maneira correta de realizar o autoexame das mamas e periodicidade da coleta do exame citopatológico. Durante o atendimento, as mulheres imigrantes relataram dificuldade de realizar o exame citopatológico no país de origem, o que as levaram a permanecer por vários anos sem procurar atendimento para esse fim. Quando questionadas sobre o conhecimento da oferta de exame preventivo gratuito através da UBS, várias afirmaram desconhecer a oportunidade e ficaram encarregadas de informar a comunidade que estava inserida. Considerações finais: A principal dificuldade encontrada foi relacionada a comunicação, visto que grande parte das mulheres atendidas não possuíam domínio do idioma português e, devido ao perfil invasivo do exame, não possuíam acompanhantes que pudessem atuar como tradutores.