Introdução: a enfermagem é a arte de cuidar de pessoas e de grupos humanos. Para exercer esse cuidado de forma científica, os enfermeiros devem pautar-se na Sistematização da Assistência em Enfermagem (SAE), para gerar segurança aos pacientes e qualidade no atendimento. O Processo de Enfermagem é parte constituinte da SAE, uma metodologia realizada em cinco etapas e que prevê a aplicação de uma Teoria de Enfermagem. Objetivo: descrever a experiência da aplicação da metodologia ativa de um júri simulado sobre seis teorias de enfermagem aplicadas a um caso clínico complexo. Metodologia: relato de experiência descritivo sobre uma atividade realizada em sala de aula em uma disciplina do curso de graduação em enfermagem. Resultados: a turma de graduação era formada por 24 discentes. Sendo um trabalho em grupo, dividido em: 7 grupos, sendo 4 grupos formados por 3 pessoas e 2 grupos formados por 4 pessoas para defender as teorias e 1 grupo formado por 4 pessoas para compor o júri. As teóricas defendidas foram: Florence Nightingale, Dorothea Orem, Afaf-Meleis, Jean Watson, Wanda Horta e Madeleine Leininger. Cada apresentação teve a duração de 15 minutos, tendo como recursos visuais Power Point e a explanação oral. O papel do júri era estabelecer critérios objetivos de avaliação, para ao final aplicar um veredicto sobre o grupo que, com maestria, fez a defesa mais adequada da teoria aplicada ao caso clínico. O grupo responsável pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas, de Wanda Horta, se destacou neste sentido. A metodologia pedagógica foi capitaneada pelo docente, desde a apresentação da proposta no início do semestre até a concretização do Júri no final do semestre. Análise: o júri simulado contribuiu para a turma aplicar as seis teorias de enfermagem no caso clínico. Além de oferecer o cenário de Flipped Classroom onde aluno é o protagonista do conhecimento. Afastando-se da educação clássica formulada desde a Revolução Industrial, em que os alunos são colocados em fileiras um atrás do outro como ouvintes e o professor no papel de ensinar. Considerações finais: A experiência produzida em contato com a prática argumentativa fomentou a motivação dos alunos, além de promover a autonomia, a capacidade de autoconfiança e o saber. Nesse sentido, usar desta ferramenta é uma estratégia com grande potencial acadêmico para promover a construção de experiência, mostrando que o aluno é o detentor do conhecimento.