Introdução: A violência contra mulher é toda ação que viola os direitos humanos, seja ela de forma psicológica, sexual, física, patrimonial e moral em que os principais agressores são parceiros da vítima. Nesse contexto, os profissionais de saúde têm o desafio de identificar, acolher e encaminhar as vítimas, a fim de oportunizar uma melhor qualidade de vida. Objetivo: Identificar o conhecimento dos profissionais de saúde acerca das políticas públicas sobre a violência contra mulher. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada em agosto de 2023, a qual teve como questão norteadora: Qual conhecimento dos profissionais de saúde sobre políticas públicas de violência contra mulher? Em seguida, foi utilizada a estratégia PICo (Problema/participante, fenômeno de interesse e contexto) para busca dos artigos, a qual ocorreu no Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) utilizando do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “políticas públicas”; “violência contra mulher” e "profissionais de saúde”, com o auxílio do operador booleano AND. Como critério de inclusão, aceitou-se artigos publicados nos últimos 10 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol que abrangeram o tema escolhido. Sendo excluídos artigos repetidos e outros estudos que não contemplassem a questão norteadora. Após a leitura aprofundada, foram selecionados 3 artigos que atendiam o objetivo proposto, depois realizou-se análise crítica com enfoque na interpretação dos resultados. Resultado: As Políticas Públicas de violência contra a mulher surgem no intuito de minimizar o agravo, e os profissionais de saúde desempenham um papel fundamental neste processo. Os achados afirmam consciência dessas políticas públicas sobre a importância da Lei Maria da Penha, das ações das Delegacias especializadas a Mulher e notificação compulsória por parte dos profissionais de saúde, embora apresentem carência no conhecimento das funções e aplicabilidades, pois muitos profissionais vivem uma ótica biomédica e sentem dificuldades com as demandas práticas do serviço. Conclusão: Diante disso, evidenciou-se a existência de lacunas por parte dos profissionais de saúde sobre as políticas públicas de enfrentamento a violência, apontando para a necessidade da discussão do tema desde o processo de formação acadêmica oportunizando reflexões para aplicação das políticas na prática com vistas ao enfrentamento e o acolhimento das mulheres em situação de violência.