Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAR A ACESSIBILIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA DETECÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Relatoria:
Ana Maria Moura Cunha
Autores:
- Dávila Cavalcante Pinho
- Taynara Fernanda de Sousa Santos
- Mikaelle Campos Lima
- Ana Victória Silva Santos
- Izabel Cristina Falcão Juvenal Barbosa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero é uma afecção progressiva iniciada com transformações intraepiteliais que pode evoluir de forma invasora entre o período de 10 a 20 anos. A Internacional Agency for Research of Cancer, estimou para o ano de 2020, a nível mundial, uma taxa de incidência do câncer do colo do útero em mulheres com idade a partir de 25 anos, equivalente a 6,6% (quarto lugar) e 7,8% (340.591) de mortes em mulheres. No Brasil, no mesmo ano, o câncer uterino foi o terceiro que mais atingiu as mulheres, com cerca de 66.280 casos novos e a quarta causa de morte em pessoas do sexo feminino, com um registro de mais de seis mil óbitos. OBJETIVO: Avaliar o atributo da acessibilidade na atenção primária em saúde na detecção precoce do câncer do colo do útero, entre mulheres da faixa etária de 25 a 64 anos de idade no município de Teresina, Piauí, Brasil, entre 2019 e 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo longitudinal, retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado no período de fevereiro à abril de 2023, por meio de dados secundários provenientes do site do Sistema Nacional do Câncer na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Este sistema foi implementado em 2011, integrando e substituindo os sistemas oficiais de informação dos Programas Nacionais de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama. RESULTADOS: Após a coleta e análise dos dados foram identificados 92.886 exames citopatológicos, sendo 36.632 exames, em 2019; 18.122 coletas, em 2020 e 35.132 citologias, em 2021. Do total de exames realizados no período, constatou-se que 904 apresentaram alterações nos resultados: 595 exames com o diagnóstico de lesões de baixo grau (HPV e NIC I), 293 resultados com lesão de alto grau (NIC II e NIC III) e 12 lesões de alto grau não podendo excluir micro-invasão e quatro com carcinoma epidermóide invasor. CONCLUSÃO: Conclui-se que os números de exames citopatológicos realizados em Teresina, são bastante significativos, muito embora os dados analisados nesse estudo estejam limitados ao SISCAN. Outro dado evidente, foi a queda expressiva na realização do exame citopatológico de rastreamento do CCU. Tal fato, pode estar atrelado a pandemia de COVID 19, que instituiu isolamento da população e as restrições da acessibilidade aos serviços de saúde. Neste cenário cabe ressaltar que o profissional de enfermagem tem uma relevante atuação na assistência primária, visto que ele é o principal responsável pelas coletas citológicas.