INTRODUÇÃO: As populações quilombolas atuais tiveram origem em povos mais antigos, vítimas da escravidão, que se juntavam em um propósio de resistência. O Maranhão possui 597 comunidades quilombolas certificadas, o que o classifica como um dos Estados com mais comunidades quilombolas do país. Esses grupos, considerados grupos minoritários, não possuem um acesso efetivo ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com esse cenário em mente, desprende-se a necessidade de uma assistência que ofereça equidade para esses grupos específicos, em especial as mulheres negras quilombolas que, historicamente, são as mais marginalizadas na assistência à saúde. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de Enfermagem no atendimento de mulheres negras quilombolas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, visitando 6 comunidades quilombolas no período de agosto de 2021 à agosto de 2022, no município de Caxias-MA. RESULTADOS: Através de visitas domiciliares, educação em saúde, consultas de enfermagem, entrega de exames e orientações individuais e coletivas, a experiência proporcionou explorar a realidade da população negra quilombola, suas peculiaridades, o contexto cultural vivido e a prática do exercício do profissional de enfermagem frente à comunidade. Foi notável os desafios e barreiras de acesso à saúde e à informação enfrentados por essas populações específicas. CONCLUSÃO: A experiência foi enriquecedora para os acadêmicos, propiciando momentos de vivências que colaboram na construção coletiva do saber e troca de conhecimento, além de proporcionar aos discentes uma perspectiva renovada na área da saúde da mulher negra quilombola ao aplicar os aprendizados adquiridos na grade curricular em conjunto com a realidade do ambiente de atuação.