O enfermeiro tem a missão de promover uma assistência de enfermagem qualificada em todo o ciclo vital, desde o nascimento até a morte. Nesse sentido, o graduando em enfermagem precisa desenvolver habilidades de cuidados para a etapa final da vida. Porém, a formação para desenvolver uma comunicação efetiva com a família e uma conduta adequada em relação à morte é comumente falha na graduação. Esse fato está atrelado a sentimentos negativos e muitas vezes à ansiedade nesses estudantes. Objetivo: analisar a ansiedade frente à morte em estudantes de graduação de enfermagem por meio da Templer’s Death Anxiety Scale (DAS). Método: estudo descritivo, transversal, exploratório com abordagem de análise quantitativa. A população compreendeu estudantes de graduação em enfermagem do Brasil, maiores de 18 anos. A amostragem foi do tipo não probabilística e utilizou a técnica da Bola de neve virtual. O número de total de participantes foi de 144 estudantes. Resultados: a maioria dos participantes dessa pesquisa são mulheres (77%), católicas (49%), com idade entre 18 e 29 anos (86%). Estava no segundo ano do curso (74%), primordialmente na região Nordeste (83%). Tendo em vista a participação no estudo em disciplinas de cuidados paliativos, apenas (41%) deles afirmou ter realizado. O nível de ansiedade frente a morte dos estudantes foi classificado como moderado (M= 44,89; DP=10,57). Os resultados da ANOVA demonstraram que haviam diferenças entre os escores de ansiedade em relação a religião [F(4, 304,540) = 2,870, p < 0,05].Teste post-hoc de Hochberg, interpretado por meio de procedimentos de bootstrapping, demonstrou que foram encontradas diferenças significativas entre os grupos de católicos [M=47,27 (44,46-49,76); DP=11,12 (9,39-12,67)] e espiritas [M=38,40 (34,00 - 43,51); DP= 8,24 (3,39 -11,31)] , e entre os católicos [M=47,27 (44,46-49,76); DP=11,12 (9,39-12,67)] e protestantes [ M=41,65 (38,59 – 44,78); DP=9,69 (7,60 – 11,04)]. Os participantes desta pesquisa não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação aos escores de ansiedade frente à morte em virtude de suas características sociodemográficas e nem de formação acadêmica. Conclusão: Os alunos do curso de enfermagem apresentavam moderada ansiedade em relação à morte. Esses parâmetros diferiram somente em relação à religião dos sujeitos sendo que os católicos apresentaram maiores escores que os espíritas e protestantes.