Introdução: o envelhecimento da população mundial tem levado ao aumento da incidência de câncer em pessoas idosas, e o tratamento oncológico nessa faixa etária é um desafio devido à complexidade clínica e fisiológica do processo. Objetivo: avaliar o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas idosas em tratamento oncológico. Metodologia: estudo exploratório, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de outubro a dezembro de 2019, no Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no município de João Pessoa-PB. A amostra foi composta por conveniência, obtendo 139 participantes. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais e instrumento semiestruturado, posteriormente foram digitados e armazenados no Microsoft Office Excel e, importados para o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22., e foram analisados por meio de estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, sob CAAE Nº 88994918.1.0000.5188 e aprovação nº 2.782.097. Resultados: evidenciou- se o seguinte perfil sociodemográfico: gênero feminino (59,7%), com 60 anos a 69 anos (64,0%), casados (46,7%), com escolaridade de um a quatro anos de estudo (51,6%), que possuíam renda individual (71,2%) e familiar de um a três salários mínimos (68,4%), mora acompanhado (66,9%) e de procedência do interior da Paraíba (73,5%); e perfil clínico: não possuir nenhum tipo de comorbidade (64,0%), porém dentre as comorbidades autorreferidas, revelou-se a hipertensão arterial sistêmica (72,6%), os fatores de riscos externos mais frequentes foram: a inatividade física (87,0%) e o tabagismo (66,2%). Quanto aos dados do câncer em pessoas idosas, aponta uma maior frequência de câncer de mama (46,8%), realizada quimioterapia (46,7%) e com tempo de tratamento entre um a seis meses (68,3%). Considerações finais: conhecer sobre o perfil da população idosa em tratamento oncológico é essencial, tendo em vista que eles têm uma tendência a desenvolverem uma fragilização física e mental, especialmente ao entrar na quimioterapia devido aos efeitos colaterais deste tratamento. Essas mudanças substanciais podem resultar em transformações nos seus hábitos de vida e eles tendem a desenvolverem algum tipo de sofrimento psicológico. Por isso, a partir do perfil de saúde desta população pode-se garantir estratégias para a condução do tratamento oncológico.