Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica com elevada taxa de mortalidade no mundo que pode ser tratada com foco no manejo contínuo através do autocuidado. Sobre isso, existem soluções eletrônicas de saúde que são baseadas em tecnologias de comunicação que são essenciais para alcance do acesso dos pacientes diabéticos à saúde, informação e autocuidado. Objetivo: Identificar na literatura científica estudos que abordam o autocuidado no tratamento do diabetes com auxílio de aplicativos móveis. Metodologia: Trata-se de revisão integrativa da literatura realizada em julho de 2023 que foi conduzida a partir da questão norteadora: “De acordo com os estudos listados na literatura, quais aplicativos móveis têm sido utilizados como ferramentas para suporte ao autocuidado de pacientes com diabetes?" O banco de dados utilizado foi a Biblioteca Virtual em Saúde, a partir das bases de dados MEDline, Lilacs e Bdenf, utilizando-se os descritores “Aplicativos Móveis, Diabetes Mellitus e Promoção da Saúde”, com o operador booleano AND. Resultados: A partir da busca nas bases de dados, foram encontrados 36 artigos e, após a leitura na íntegra, quatro artigos foram incluídos nesta revisão. Dois estudos tiveram como objetivo elaborar e validar um aplicativo móvel para a promoção do autocuidado em adolescentes com DM1. Os outros dois estudos tratava-se de um ensaio controlado randomizado, no qual um investigou a eficácia de um aplicativo para controle glicêmico em pacientes com diabetes mal controlada e o outro estudo avaliou o impacto de um dispositivo móvel voltado para a promoção de exercícios físicos em pacientes em risco de desenvolver DM2. Diante dos achados, constatou-se a insipiência de estudos que associassem o acompanhamento do aplicativo pela equipe de saúde, o que contribuiria para um gerenciamento da saúde mais eficaz. Verificou-se ainda que os recursos oferecidos pelos aplicativos se restringiam a funções básicas como o registros de glicemia, insulina, medicamentos, doses de insulina, alimentação e exercícios, enquanto os aplicativos com funções mais avançadas e com maiores recursos de interativos foram escassos, ressaltando a importância do desenvolvimento de novas tecnologias com base nas necessidades dos pacientes. Considerações finais: Conclui-se que os dispositivos móveis são de fácil acesso, baixo custo, úteis, para o autocuidado de pacientes com diabetes, otimizando a assistência à saúde e possibilitando maior acompanhamento profissional.