INTRODUÇÃO: A presença de refugiados e imigrantes no Brasil cresceu de forma surpreendente ao longo dos anos. Em 2020, Rondônia registrou o número de 1.037 trabalhadores haitianos e venezuelanos vinculados ao agronegócio, setores de exportação e de abate de animais. Porém, uma vez que adentram no país, os imigrantes podem sofrer danos ocasionados pela sua diversidade linguística e fragilidade nos serviços de saúde comparado ao seu país de origem. O idioma é uma barreira de comunicação, visto que a comunicação ineficaz pode desencadear diversas consequências para o paciente, já que não consegue relatar seus sentimentos e nem compreender as informações recebidas, comprometendo a assistência segura. OBJETIVO: Identificar na literatura as estratégias utilizadas pela enfermagem aos pacientes com barreiras de comunicação relacionadas ao idioma. MÉTODO: Trata-se de revisão integrativa sendo considerados artigos científicos, teses e dissertações nos idiomas inglês, português e espanhol, publicados no período de 2012 a 2022 nas bases de dados: LILACS, BDENF, CINAHL, Pubmed/Medline, SCOPUS e SCIELO e EMBASE. RESULTADOS: Dentre as 172 publicações analisadas, 06 atenderam aos critérios de inclusão, que permitiram identificar as estratégias utilizadas, sendo elas: práticas de comunicação não-verbal por meio da linguagem corporal, intérpretes ou familiares para traduzir as informações, aplicativos de tradução, treinamento e cursos de curta duração para os enfermeiros para uma comunicação efetiva com os pacientes entendendo suas necessidades. As estratégias são fundamentais para garantir uma assistência eficaz e segura. A comunicação clara e efetiva entre profissionais de saúde e pacientes é essencial para o diagnóstico preciso, o tratamento adequado e a promoção de resultados positivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As estratégias de cuidado utilizadas são de grande relevância pois além facilitar a troca de informações, reduz a ocorrência de eventos adversos. Entretanto, ainda existem aspectos que interferem negativamente na qualidade do cuidado de enfermagem ao paciente com barreira de idioma, entre elas, causas relacionadas ao paciente, ao próprio profissional e ainda à política e cultura institucional. Incentivar a participação ativa dos pacientes, fornecendo informações traduzidas e facilitando a conexão com grupos de apoio também contribui para um cuidado mais centrado no paciente.