Introdução: O sarampo é uma doença infecciosa grave causada pelo Morbillivirus, prevenível por vacinação e seu modo de transmissão ocorre através da inalação de aerossóis de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de erradicação do sarampo, porém, em 2019 perdeu esse documento após a confirmação da endemia dessa doença em alguns estados da região norte, como o Pará. Embora, a cobertura vacinal seja preconizada em 95% de toda a população, a incidência dessa enfermidade é alta, resultando em um grave problema de saúde pública. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico do sarampo no estado do Pará durante o período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo documental, descritivo com abordagem quantitativa. Foi realizado levantamento dos casos notificados de sarampo no estado do Pará no período de 2018 a 2022. A coleta de dados secundários ocorreu no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e as variáveis selecionadas foram: sexo, faixa etária, raça, escolaridade e evolução da doença. Os dados foram organizados, filtrados, tabelados e analisados com auxílio do Microsoft Office 365, com análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: Foram identificados 5.511 casos de sarampo no Pará, uma incidência de 0,22 casos por 100.000 habitantes. Os dados obtidos no estudo revelaram que o ano que mais notificou casos de sarampo foi 2020 (n= 4.875; 88,45%). O sexo masculino (n= 3.089; 56,05%) e a faixa etária de 20 a 29 anos (n= 1.593; 28,90%) foram mais incidentes. Além disso, a raça parda foi a mais notificada (n= 3.933; 71,36%). De acordo com a escolaridade (n= 665; 12%), o grupo mais acometido foi o de pessoas com o Ensino Médio completo. Ademais, levando em consideração ao tipo de evolução, a cura (n= 5.185; 94,08%) teve maior liderança. Considerações finais: O perfil epidemiológico do sarampo permite concluir que embora a vacinação seja uma estratégia preconizada em todo o território brasileiro, essa doença possui um elevado número de casos registrados no estado paraense. Dessa forma, ressalta-se a importância da intensificação de campanhas de vacinação no Pará, principalmente com o objetivo de intensificar a cobertura vacinal em adultos de 20 a 29 anos que não foram vacinados previamente e com medidas que possibilitem uma maior adesão do público masculino.