Introdução: O processo acelerado de envelhecimento da população brasileira, concomitante com o aumento dos casos de doenças neurodegenerativas, como as demências, impactam na vida cotidiana da pessoa idosa e da sua rede de apoio. A dependência nos cuidados sobrecarrega o cuidador familiar e reflete na sua qualidade de vida. Objetivo: Associar as variáveis referentes à atividade de cuidador com a qualidade de vida e a sobrecarga; e correlacionar a qualidade de vida com a sobrecarga dos cuidadores informais de pessoas idosas com demência. Metodologia: Pesquisa online e transversal, com 112 cuidadores familiares de pessoas idosas com demência, entre os meses de novembro de 2021 e julho de 2022. Aplicados: questionários sociodemográficos; clínicos; atividade de cuidador; Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal e Qualidade de Vida Controle, Autonomia, Autorrealização e Prazer. Foram realizadas a análise descritiva, a correlação de Spearman e o post-hoc de Bonferroni. Resultados: Para a qualidade de vida, observou-se se uma correlação negativa de nível moderado para sobrecarga (?spearman = -0,656; p < 0,01). Cuidadores que exerciam atividade remunerada (36,3 ± 3,03) e que se sentiam valorizados (38,8 ± 3,12) apresentaram escore maior de qualidade de vida. Aqueles que não exerciam atividade remunerada (90,3 ± 5,82) e que não se sentiam valorizados (77,3 ± 5,39) apresentaram maior sobrecarga. Conclusão: Quanto maior o escore de sobrecarga, mais baixo o escore de qualidade de vida. Exercer atividade remunerada e se sentir valorizado associou-se a um escore maior de qualidade de vida. Não exercer atividade remunerada e não se sentir valorizado associou-se a maior sobrecarga.