Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
IMPACTOS DAS LIMITAÇÕES DA HANSENÍASE FRENTE ÀS ATIVIDADES COTIDIANAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatoria:
Ana Paula Fontenele Sampaio
Autores:
- Kaylane dos Santos Oliveira
- Rayla Maria Pontes Guimarães Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa caracterizada pelo acometimento de nervos, atingindo principalmente a pele, olhos, mãos e pés. Hodiernamente, é uma patologia endêmica no Brasil, com 25.483 casos notificados em 2022. Dessarte, manifestam-se agentes intrínsecos à hanseníase que condicionam limitações físicas e, consequentemente, interferem na realização de atividades básicas usuais. À vista disso, o presente estudo foi norteado pela pergunta: Quais são os impactos das limitações físicas no cotidiano de pessoas com hanseníase? Objetivo: Sintetizar as evidências científicas acerca dos impactos das limitações físicas na vida das pessoas com hanseníase. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual foi efetuada busca de dados nas bases Medline via Pubmed, Lilacs, IBECS e Web of Science, utilizando os descritores ‘Hanseníase’, ‘Atividades Cotidianas’ e ‘Limitação Física’ e seus correspondentes em inglês, operados entre si pelo operador booleano AND. Resultados: Foram identificados 54 estudos a priori, e após o emprego dos critérios de inclusão e exclusão a amostra final foi composta por nove artigos, que expõem os impactos das limitações físicas da hanseníase e seus fatores associados. Inicialmente, o elemento determinante para as limitações é o diagnóstico tardio, que é derivado de múltiplos aspectos, tais como estigma e distância dos serviços de saúde. Ademais, o perfil dos pacientes também exerce um papel fundamental nessa cadeia, sendo gênero, idade, condição socioeconômica, escolaridade e grau de incapacidade da doença os principais fatores para restrições no desempenho funcional. Diante disso, destaca-se que os indivíduos com hanseníase se encontram em um contexto permeado de vulnerabilidade, pois não conseguem executar atividades rotineiras. Assim, as limitações oriundas da doença provocam dependência, prejudicando a mobilidade e autonomia, sendo a família um suporte substancial. Por fim, a participação social, que compreende desde a restrição de vivência na comunidade até imbróglios na esfera familiar e laboral, também é dificultada. Considerações finais: Urge a implementação de serviços de reabilitação alinhados ao tratamento farmacológico, bem como o incentivo ao diagnóstico precoce por meio da promoção de informações à população, tendo a Enfermagem um papel crucial na educação em saúde, visando mitigar as restrições funcionais e propiciar qualidade de vida às pessoas com hanseníase.