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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: O CONHECIMENTO DAS MULHERES ACERCA DO USO DA PRÁTICA DA EPISIOTOMIA
Relatoria:
Bianca Almeida Mesquita
Autores:
  • Larissa Silva Oliveira
  • Larissa Nascimento Salustriano
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
INTRODUÇÃO: O pré-natal é uma das ações realizadas pela Atenção Primária, garantindo às gestantes promoção à saúde durante o ciclo gravídico-puerperal. Por muito tempo a mulher foi protagonista do trabalho de parto, entretanto, com a institucionalização das atividades obstétricas, esse papel foi substituído por técnicas intervencionistas. Objetivando mudar este cenário, foram criadas políticas voltadas a saúde da mulher, garantindo-lhe direitos e informação acerca desse período. Relatada pela primeira vez em 1742, a episiotomia é incisão cirúrgica, realizada na área do períneo durante o segundo momento do trabalho de parto. Apesar de não haver evidências científicas, a prática é realizada com frequência nas maternidades de todo o país, ultrapassando os valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde. As principais razões para o uso do procedimento estão relacionadas à primiparidade, rigidez perineal, prevenção de lacerações perineais, à macrossomia, entre outros motivos, baseados na intuição e vontade medica. O enfermeiro, por ser o profissional de maior proximidade com o paciente, torna-se fundamental para mudança deste cenário, sendo responsável por orientar as gestantes. OBJETIVO: O trabalho tem por objetivo descrever o conhecimento das mulheres sobre o uso da episiotomia. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa transversal de natureza descritiva com abordagem qualitativa. O público-alvo foram 10 mulheres, de uma UBS, no Maranhão, com idade entre 18-53 anos, que passaram pelo parto vaginal e pela episiotomia. As informações foram organizadas no Google Forms e analisadas por estatística descritiva, discutidas à luz da literatura do tema. RESULTADOS: Os resultados confirmam o desconhecimento das participantes sobre o assunto, evidenciando o déficit de informações fornecidas pelos profissionais durante as atividades de pré-natal. Além disso, foi notado um caráter de submissão dessas mulheres às práticas médicas, demonstrando que, apesar de estarem orientadas sobre seus direitos e práticas obstétricas, a maioria ainda se dispõe a realizar os procedimentos, acreditando que, quanto mais intervencionista for o processo de parto, mais saudável e seguro será este momento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, esse estudo demostrou que as informações fornecidas durante o pré-natal podem influenciar diretamente na experiência de parto, e a ausência desses conhecimentos podem levar a gestante a perder sua autonomia e vivenciar procedimentos que poderiam ser evitados.