Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM PENITENCIÁRIAS BRASILEIRAS
Relatoria:
Rodrigo Marcelino Zacarias de Andrade
Autores:
- Bárbara Furtado Mandelli
- Márley Romão Leite
- Matheus Alves Barros
- Maria Eduarda Oliveira Ferreira
- Maria Mônica Paulino do Nascimento
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A população privada de liberdade no Brasil segue em constante crescimento, aumento que não é proporcional aos investimentos realizados na área, tanto na infraestrutura dos presídios, como em serviços relacionados ao bem-estar e, principalmente, à saúde. A superlotação somada a condições sanitárias precárias e práticas sexuais desprotegidas fazem desse ambiente um local de fácil transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. OBJETIVO: Conhecer a produção científica acerca do desenvolvimento de tecnologias educacionais voltadas à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis em unidades prisionais no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada em julho de 2023 pela Biblioteca Virtual em Saúde com utilização dos descritores: “Tecnologia Educacional”, “Educação em Saúde”, “População Privada de Liberdade” e “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, combinadas com o operador booleano “And”. Foram incluídos artigos e monografias sobre tecnologias educacionais relacionadas a infecções sexualmente transmissíveis no Brasil, e excluídas publicações não disponíveis na íntegra, ensaios teóricos, resumos de congressos e/ou conferências, além de publicações sobre tecnologias educacionais não relacionados a educação da população-alvo da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Inicialmente foram selecionados 50 estudos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, dois compuseram a amostra, um artigo da base SCIELO sobre o desenvolvimento de uma cartilha para prevenção de HIV e aids e uma monografia sobre o desenvolvimento de um jogo de tabuleiro para prevenção da sífilis. A pesquisa apontou que existe um número muito limitado de tecnologias educacionais voltadas para a população privada de liberdade, principalmente para o público masculino, pois foram encontradas apenas duas tecnologias, sendo ambas exclusivamente voltadas às mulheres. Além disso, nenhuma passou pelo processo de implantação nas unidades prisionais do país, demonstrando a existência de dificuldades em buscar meios e técnicas para utilização dessas tecnologias nesses ambientes. CONCLUSÃO: Dessa forma, percebe-se o quão difícil e restrito ainda é o acesso às tecnologias para a educação em saúde para a população privada de liberdade, o que pode impactar no desenvolvimento do empoderamento dessa população quanto ao processo saúde-doença, sobretudo relacionados ao meio de convivência, contribuindo ainda mais para sua exclusão e marginalização social.