INTRODUÇÃO: A mastite lactacional é considerada um problema de saúde pública que acomete mulheres que estão amamentando, possuindo incidência que varia de 3 a 33% nas puérperas. OBJETIVO: Relatar a experiência de seis graduandas em Enfermagem na construção de um protocolo clínico para identificação e tratamento da mastite lactacional num hospital público referência em pediatria e obstetrícia no interior da Bahia. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência da construção de um protocolo clínico sobre mastite lactacional por graduandas de enfermagem durante o estágio curricular obrigatório num Hospital Público localizado no interior da Bahia. A planilha "5w2h" foi utilizada para identificação do problema prioritário da unidade hospitalar e organização das intervenções propostas, culminando na construção do protocolo clínico. O embasamento teórico utilizado para confecção do material foi sustentado mediante a busca de evidências científicas, além da sua discussão com a equipe multiprofissional. RESULTADOS: A construção do relato foi dividida em três etapas, diagnóstico do problema, onde durante a vivência desta experiência percebeu-se a falta de uniformidade na atuação das equipes de saúde frente aos quadros de mastite; busca de evidências científica e construção do protocolo, em que o levantamento de dados se deu através da Biblioteca Nacional de Medicina do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (PubMed). Posterior a busca de evidências científicas, as discentes se reuniram com a equipe de saúde do referido hospital, para delimitar questões práticas acerca da construção do protocolo clínico, atrelada a priorização dos tópicos que deveriam ser abordados, e por conseguinte foram elaborados checklists para nortear o exame clínico das mamas e para auxiliar na identificação clínica da mastite lactacional. Da mesma forma, foi construído um fluxograma de manejo dos casos de mastite lactacional nas mulheres que chegam no BLH com essa demanda de forma espontânea, de forma a sistematizar o cuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A construção do protocolo clínico fomentou importantes vivências profissionais para as graduandas, além de incentivar, entre a equipe de saúde, o uso de instrumentos e ferramentas que promovam autonomia na tomada de decisão baseada em evidências científicas, com o benefício da padronização de condutas e consequente homogeneidade da assistência.