INTRODUÇÃO: Os acidentes causados por animais peçonhentos no Brasil ainda são um problema de saúde pública, sendo necessário haver um conhecimento prévio sobre as espécies de animais existentes em cada região do país, bem como os sinais e sintomas de acidentes causados por esses animais, pois, muitas vezes, podem levar a óbito se a vítima não for atendida a tempo (COSTA, 2012; INSTITUTO BUTANTAN, 2017). OBJETIVO: Relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem sobre um caso de acidente pediátrico ocasionado por uma aranha viúva-negra observado durante o estágio supervisionado em um hospital de referência do Rio Grande do Norte (RN). METODOLOGIA: Este relato é fundamentado nas experiências vivenciadas por discentes do 4º período do curso Bacharel em Enfermagem, durante o Estágio Supervisionado da disciplina de Semiologia e Semiotécnica I em um Hospital Regional de referência para diversas doenças e agravos no RN, incluindo os acidentes por animais peçonhentos. RESULTADOS: Durante os estágios nos deparamos com diversas situações, dentre eles, a de um paciente masculino de 11 anos que havia sido picado na região cervical posterior esquerda por uma aranha da espécie Latrodectus, mais conhecida por viúva-negra, tendo o acidente ocorrido no dia 24 de março de 2023. Conhecemos o caso três dias após a admissão no hospital, com persistência dos sintomas da admissão, como: tremores involuntários e generalizados, baixa força muscular e dificuldade de deambulação. A vivência do caso nos chamou atenção para a necessidade de que tanto os profissionais da saúde, acadêmicos e a população, conheçam os tipos de animais peçonhentos mais comuns na região e as medidas a serem adotadas. A vivência foi relevante, pois nos despertou para esse tipo de acidente e os sinais e sintomas, possibilitando a formação de um raciocínio clínico e crítico perante o caso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É fundamental que os profissionais e os estudantes da saúde, estejam devidamente preparados para lidar com casos de acidentes por animais peçonhentos, como o citado durante a vivência, com conhecimento sobre as espécies presentes na região, bem como os sintomas e tratamentos adequados para prestar o atendimento necessário o mais rápido possível, visando minimizar danos ao paciente.