Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
DESVALORIZAÇÃO PROFISSIONAL: CRONOLOGIA DE UMA MANCHA NA HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
Relatoria:
Sara Layanne Lins de Lira
Autores:
- Sabrynna Lustosa de Lira
- Rayanne Vitória da Costa Braga
- Thais Kamilla Alves Pereira
- Rosimery Cruz de Oliveira Dantas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A estereotipação da imagem do enfermeiro como profissional de caridade, tem se perpetuado devido os aspectos socioeconômicos, culturais, e, principalmente, históricos, e está marcada pela desvalorização da profissão, apesar de sua evolução tecnocientífica. A sexualização, desvalorização salarial e do conhecimento são marcas que a história não apagou. Objetivo: Investigar no estado da arte os fatores que, cronologicamente, contribuíram para a construção e manutenção da desvalorização da enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de revisão de literatura, narrativo, histórico. As buscas foram realizadas de forma livre no Google, no dia 23/11/2022, a partir das questões norteadoras ‘Desvalorização profissional da enfermagem’ e 'História da enfermagem’ onde foram consultados artigos originais e artigos de revisão, sem limitação de tempo, publicadas na língua portuguesa. A análise de dados foi desenvolvida de forma qualitativa, com suporte da literatura pertinente ao tema. Resultados e discussão: A busca resultou em onze artigos relacionados às questões norteadoras. A partir de informações extraídas deles, apurou-se que em diversas épocas houveram diferentes razões que mantêm estereótipos do profissional da enfermagem. A sexualização de roupas e do caráter provém de comportamentos praticados durante a I e II Guerra Mundial, nas quais as “enfermeiras”, de baixo nível social, eram subornadas por militares para “encorajá-los” a luta de forma vulgar. Além disso, a baixa valorização salarial e o sucateamento do conhecimento, origina-se na idade média em que não existia a profissão da enfermagem, e sim casas de caridades, cujos cuidados eram realizados por pessoas voluntárias e abnegadas da sociedade, sem conhecimento científico, que faziam por “amor”. Conclusão: Essa mancha histórica resulta no enraizamento do estereótipo socialmente construído, onde há a perpetuação da imagem desvirtuosa e sexualizada do profissional da enfermagem, o retardamento da aprovação e implantação de um piso salarial e o constante questionamento da capacidade intelectual e de atuação na área da saúde, apesar de na crise ser visto como heróis. É preciso ampliar o processo de reconhecimento da enfermagem como realmente é: empoderada, virtuosa, compromissada e científica.