RESUMO: As vacinas são medidas de prevenção secundária, controle e acometimento de doenças. Quando administradas antes da exposição dos patógenos, promovem imunidade efetiva e segura. Representa grande relevância para a erradicação de doenças há anos. A Tríplice Viral – Sarampo Caxumba e Rubéola (SCR) é um dos 9 (nove) imunobiológicos disponíveis no calendário vacinal de rotina de crianças. OBJETIVO: Analisar os indicadores da Cobertura Vacinal (CV) da Tríplice Viral (TV) em menores de 1 ano no estado do Rio Grande do Norte (RN). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico de natureza descritiva com componente temporal de base populacional estadual. Elegeu-se o seguinte questionamento: Qual é o perfil dos indicadores da cobertura vacinal do imunizante tríplice viral no estado do RN? Foram analisados os registros de 165 municípios do estado do Rio Grande do Norte de D1 (dose um) aplicadas da vacina Tríplice Viral contidos no Sistema de Informação de Imunização do Brasil – SIPNI e quantitativo retirado do banco de dados do Tabnet – DATASUS – (SI PNI WEB) no período de 2017 até o primeiro quadrimestre de 2022 em crianças de até 12 meses de idade. Os cálculos mantiveram os intervalos de confiança 95% das medidas de variação. RESULTADOS: Observou-se a queda da cobertura do imunizante de interesse do estudo. Ressalta-se que a vacinação representa impacto na diminuição e acometimento de patologias, epidemias e surtos. Após a realização de análises quadrimestrais, evidencia-se o panorama da cobertura inferior a 95%, abaixo da meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Identificaram-se em 2017 (75,55%), 2018 (88,70%), apenas no ano de 2019 (93,73%) observamos uma melhora na CV, insuficiente em 2020 (78,27%); 2021 (71,62%) e 2022 (65,5%). Avalia-se nos últimos três anos um decréscimo significativo. CONCLUSÃO: Ocorre a crescente preocupação com cobertura vacinal da Tríplice Viral no estado do Rio Grande do Norte com a faixa etária do estudo em decorrência da possibilidade do recrudescimento de patologias. Urge a necessidade de realizar ações de educação em saúde e estratégicas voltadas a sensibilizar gestores, sociedade e profissionais de saúde promovendo campanhas mais eficazes e melhoria da cobertura vacinal. Destaca-se que a disseminação do sarampo, caxumba e rubéola pode acarretar desde quadros leves a graves, hospitalizações, podendo levar a óbito, principalmente na população pediátrica.