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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
DESAFIOS PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DOS QUILOMBOLAS DO TORRÃO MUPI, NORTE DO BRASIL
Relatoria:
Ronald Maciel Castro
Autores:
  • Mauricio das Neves Pereira
  • Thaisa Silva Guimarães
  • Irene de Jesus Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As Comunidades Remanescentes Quilombolas (CRQ’s) desde seu período de instauração no Brasil apresentam dificuldades nas condições direcionadas a promoção da saúde. No ano de 2004 por meio da Portaria do Ministério da Saúde nº 1.434 de 14/07/2004, se deu início a política de inclusão da população quilombola, de maneira que foram feitas as criações de equipes de desenvolvimento estratégico para a saúde dessas comunidades. Entretanto, é preciso que o debate acerca da saúde dessa população seja colocado em voga. Objetivos: Relatar o atual quadro de saúde de uma comunidade quilombola no interior do Pará. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, obtido através da vivência em junho de 2023 pelos alunos de enfermagem na atividade curricular Antropologia em Saúde e Enfermagem, da Universidade Federal do Pará, durante a visita na Comunidade Remanescente Quilombola de Torrão Mupi, distante a 20 km do município de Cametá- PA. A visita teve o intuito de reconhecer a comunidade para identificação de possíveis problemáticas relativas ao contexto de saúde. Resultados: A visita a comunidade de Torrão Mupi, demonstrou que o vilarejo possui uma estrutura pouco desenvolvida, contendo apenas uma Unidade Básica de Saúde, UBS. Além disso, verificou-se que a disponibilidade de profissionais de saúde ocorre em baixa escala, tendo em vista que conta apenas com a presença de uma enfermeira, morando no local, a qual não consegue atender a todas as demandas da localidade, o que influencia negativamente na promoção de saúde e na qualidade da assistência prestada, conforme relatos como o do coordenador da associação de moradores que apontou a carência de profissionais nos serviços de saúde, o que deixa a comunidade quilombola em situação de maior vulnerabilidade, além da grande insatisfação ao descaso de pedidos de uma melhoria na promoção da saúde dos residentes, evidenciando que o serviço prestado ainda não supre a carência da comunidade que conta com 60 famílias imersas em seu saber local. Conclusão: Foi possível observar que os moradores se encontram fragilizados, uma vez que mesmo com a presença da Unidade Básica de Saúde, o atendimento à população é limitado, e consequentemente, os problemas relacionados à saúde aumentam. Urge atenção as políticas públicas do SUS voltadas aos princípios da universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da participação popular, preservando sua cultura, imersos na Amazônia.