Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
ANÁLISE DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE MULHERES QUE POSSUÍAM CADERNETA DE GESTANTE NO PRÉ-NATAL
Relatoria:
Annita de Lima Mesquita
Autores:
- Camila Elen Costa Alexandre
- Luisa Gomes Viana
- Janaina Saboia Aguiar
- Sâmia Monteiro Holanda
- Lizia Angelica Teixeira Nunes Ribeiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Caderneta da Gestante (CG) desenvolvida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é uma importante ferramenta para o aprimoramento da saúde materno infantil do país, auxiliando na qualidade da assistência Pré-Natal (PN). O instrumento monitora a evolução da gestação por meio dos registros de exames e procedimentos realizados no período, além de esclarecer as dúvidas das gestantes. O registro desse documento deve ser feito de forma cautelosa e confiável, possibilitando o fluxo das informações obtidas e favorecendo a oferta longitudinal do cuidado de modo a garantir desfechos favoráveis de saúde para o binômio mãe/bebê. O objetivo deste estudo é analisar o perfil sociodemográfico das mulheres brasileiras que fizeram PN e possuíam caderneta da gestante. Estudo oriundo da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, inquérito de base populacional realizado em 94.114 domicílios, disponível online, realizado com base no percentual de mulheres com idade igual ou superior a 18 anos que tiveram o último parto até dois anos antes da pesquisa, realizaram pelo menos uma consulta de pré-natal durante a última gestação e possuíam caderneta/cartão da gestante. Quanto à faixa etária, 96,7% das gestantes de 18 a 24 anos realizaram pré-natal e possuíam cartão da gestante; De 25 a 29 anos, 97,3%; de 30 a 39 anos, 96,2% e de 40 anos ou mais, 90,2%. Prevaleceram mulheres que tinham ensino superior incompleto, 94,2%. Mulheres pretas tiveram o menor percentual de acesso à CG, com 93,7%. Mulheres pardas atingiram a maior cobertura quando comparadas às outras, com 97,2%. Conclui-se que gestantes com 40 anos ou mais, assim como mulheres pretas são as que possuem menos acesso à CG. Esses grupos aparecem como fator de risco para preenchimento inadequado da CG. Os estudos acerca da ausência da CG durante as consultas de PN são escassos, sendo mais frequentes pesquisas que contemplem o preenchimento inadequado dessa ferramenta. Vale ressaltar, que o preenchimento adequado da CG além fator protetor para a saúde do binômio, reflete na qualidade do cuidado ofertado. À vista disso, são necessárias ações que incentivem a adesão e assegurem o amplo acesso à caderneta, dada a sua importância para a efetividade do pré-natal.