INTRODUÇÃO: A enfermagem é conceituada, geralmente, como a arte do cuidar e tal pensamento é possível devido ao fato da profissão ter relevância na assistência à saúde e apresentar como objeto principal a obtenção do bem-estar psicossocial do indivíduo. Além disso, pela enfermagem ser resultado das realizações de Florence Nightingale, fundadora da enfermagem moderna, a visão a cerca do cuidado é repassada aos discentes no início do curso, reafirmando a correlação direta entre enfermagem e a prestação de cuidados. Torna-se necessário difundir as inúmeras habilidades e competências dos enfermeiros, a fim de que a categoria não seja resumida à assistência. Logo, a partir do ser enfermeiro, conceito subjetivo sobre o profissional de enfermagem, percebe-se eventuais empecilhos em proporcionar um atendimento holístico ao necessitado, também, observa-se mudança na ótica dos profissionais e acadêmicos sobre a profissão, no que tange a sua versão romantizada e enraizada na sociedade. OBJETIVOS: Analisar, sob a ótica de acadêmicos de enfermagem e enfermeiros atuantes na profissão, o que é o Ser Enfermeiro e verificar as concepções de ambos que diferenciam entre si. METODOLOGIA: Estudo pesquisa de campo, qualitativa que descreve e sintetiza dados concretos, coletados por meio de questionários aplicados com sessenta alunos de uma instituição educacional superior e doze enfermeiros atuantes em diferentes áreas, mas predominantemente, enfermeiros assistenciais em Teresina-PI. A coleta de dados ocorreu entre os meses maio e junho de 2023 e resultou-se da aplicação de perguntas objetivas e subjetivas. Aprovado parecer CEP 6.075.396. RESULTADOS: A maioria dos acadêmicos, principalmente iniciantes do curso, associava a enfermagem ao cuidado direto com o paciente, diferente dos discentes dos períodos finais. Enquanto para os acadêmicos, o Ser Enfermeiro é “saber doar, ter empatia e respeito, ajudar alguém, ter sensação de dever cumprido, cuidar das pessoas com atendimento holístico”, para os profissionais atuantes é “ser um gestor das pessoas e sua equipe, ser líder, gestor do cuidado do paciente em todo grau de complexidade, contribuir na preservação do estado biopsicossocial do outro”. Ademais, os profissionais relataram o não reconhecimento social como um dos empecilhos na área. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os acadêmicos do curso já trazem consigo uma noção idealizada do que é ser enfermeiro e essa visão é alterada após experiências e contatos com o ambiente de trabalho.