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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
FATORES ASSOCIADOS AO BAIXO PESO MATERNO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Relatoria:
KLEYNIANNE MEDEIROS DE MENDONÇA COSTA
Autores:
  • Maria Tamires Lucas dos Santos
  • Andreia Moreira de Andrade
  • Kívia Roberta Costa da Silva
  • Francisco Arisson Farias de Souza
  • David Gonçalves Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O baixo peso materno está diretamente relacionado a desfechos perinatais desfavoráveis, contribuindo com o aumento da morbimortalidade maternal e neonatal. OBJETIVO: Analisar os fatores associados ao baixo peso materno ao final da gestação em tempos de COVID 19. MÉTODO: Estudo transversal, analítico realizado em Cruzeiro do Sul, Acre, em setembro de 2021 à janeiro de 2022. Dados coletados por entrevista às puérperas em alojamento conjunto da única maternidade do município e conferência aos prontuários, cartão do pré-natal e declaração de nascidos vivos. Baixo peso materno foi definido pelo índice de massa corporal ao final da gestação e classificado segundo pontos de corte por semana gestacional. Os dados foram analisados no Programa IBM SPSS Statistics 26. A relação de dependência entre a variável desfecho e preditoras foram medidas pelo teste de qui-quadro ou exato de Fischer. Os fatores associados foram obtidos por meio de regressão de Poisson com variância robusta, considerando ? = 5%. Este trabalho constitui-se de um recorte de dados de uma pesquisa maior intitulada “Insegurança alimentar na Gestação, assistência ao parto e desfechos maternos e neonatais”. RESULTADOS: Foram analisados os dados de 421 mulheres. O baixo peso materno ocorreu para 14,25%. A maioria 272 (64,6%) tinha entre 20-34 anos; se autodeclaram não brancas 387 (91,9%); 292 (69,4) apresentaram escolaridade superior a oito anos de estudo; 325 (77,2) conviviam com companheiros; 305 (72,4%) desempenhavam atividades não remuneradas; 213 (50,6%) recebiam auxílio governamental; 260 (61,8%) residiam em área rural; 240 (57%) conviviam em insegurança alimentar; 367 (87,2%) realizaram pré-natal em instituição pública; 91 (21%) fizeram menos que 6 consultas; 185 (43,9 %) realizaram a primeira consulta após o primeiro trimestre; 231 (54,9%) eram multíparas; 283 (67,2%) realizaram o parto cesáreo. Fatores que mostraram associação com o baixo peso materno ao final da gestação: receber auxílio governamental (RP=1,92; IC 95% = 1,15 -3,28); via de parto cesárea (RP=2,17; IC 95% = 1,29 -3,68); realizar menos que 6 consultas pré-natal (RP=2,04; IC 95% = 1,18 -3,46) e realizar as consultas em serviço público (RP=2,85; IC 95% = 1,05 -11,70). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria dos fatores associados ao baixo peso materno tem associação direta com a assistência pré-natal. Logo, melhorar a qualidade desse atendimento pode contribuir para a nutrição adequada da mulher durante o período gestacional.