Introdução: A Enfermagem atua em diversas áreas, dentre elas a Forense, que assiste indivíduos em condição de violência e abuso, prestando assistência de modo especializado, além de participar na identificação de sinais que possam contribuir legalmente para provas judiciais. Objetivo: Identificar como se dá a construção da enfermagem forense no Brasil. Método: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa em pares realizada a partir de trabalhos científicos brasileiros. Para isso, foram utilizados os bancos de dados online “BVS”, com os descritores “enfermagem forense”, “prova pericial” e “violência”. Foi delimitado o período de 2004 a 2023. Para avaliação se utilizou da leitura flutuante dos artigos selecionados, com agrupamento de similaridades e oposições, aplicando-se a técnica de análise de conteúdo. Resultados e Discussão: A utilização dos descritores e análise criteriosa das produções resultou em 4 artigos para atendimento ao objetivo proposto. Foi identificado que a enfermagem forense é pouco difundida dentro do âmbito acadêmico, pois geralmente os conteúdos relacionados à violência são ofertados nas disciplinas de forma breve, de forma transversal, sendo incapazes de tornar os enfermeiros, ao fim de sua graduação, aptos a atuarem na enfermagem forense, visto que, de acordo com a resolução 581/2018 do Conselho Federal de, Enfermagem - COFEN, só podem desempenhar papel nessa área aqueles com especialização em enfermagem forense, tornando assim, um ramo escasso. Ademais, existe pouca capacitação profissional para enfermeiros no setor criminal. Considerações Finais: A enfermagem forense tem relevante papel na coleta de provas científicas e contribui para que a justiça no Brasil seja aplicada, sobretudo em situações de violência, cujas estatísticas aumentam a cada dia. Contudo, nota-se um déficit na formação de enfermeiros especializados para desenvolver atividades nessa área de atuação, sendo necessária uma reformulação na matriz curricular dos cursos de graduação em enfermagem, para que os profissionais saiam da academia com um olhar especializado para identificar vestígios nas vítimas de violências.