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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
Tendência de mortalidade por Doença de Chagas no Nordeste brasileiro (2010-2021)
Relatoria:
Lara Lídia Ventura Damasceno
Autores:
  • Thiago Santos Garces
  • George Jó Bezerra Sousa
  • Thereza Maria Magalhães Moreira
  • Maria Lúcia Duarte Pereira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Doença de Chagas faz parte do rol de doenças tropicais negligenciadas no Brasil. É responsável por uma parcela substancial das mortes por doenças parasitárias no cenário nacional. Nesse sentido, a região Nordeste se destaca por um denso histórico de infestação triatomínea, índices de desenvolvimento humano desfavoráveis e acesso deficitário aos serviços de saúde. Objetivo: analisar a tendência da mortalidade por Doença de Chagas na região Nordeste do Brasil, no período de 2010 a 2021. Método: estudo ecológico, com dados secundários provenientes das notificações de óbito por DC (causa CID-10 “B.57”), no período de 2010 a 2021, disponíveis no Sistema de Informação sobre Mortalidade do DATASUS. Também foram usados os dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estati?stica. Os estados da região Nordeste foram delimitados como unidade de análise. As taxas de mortalidade brutas foram calculadas por 100.000 habitantes, com base nas projeções da população residente fornecidas no TabNet. Os dados foram organizados em planilhas no software Microsoft Excel para formulação dos gráficos, linhas de tendência e suas respectivas equações lineares e valores de r². Resultados: foram notificados 12.197 óbitos por DC na região Nordeste brasileira, no período de 2010 a 2021, com média de 1.016 óbitos/ano, correspondente ao coeficiente de mortalidade 1,80/100.000 hab. De maneira geral, a região apresenta tendência decrescente para o desfecho (y = -0,02x + 56,9). Frente ao cenário, os estados da Bahia (4,19/100.000; y = -0,07x + 156,9), Alagoas (2,75/100.000; y = -0,03x + 81,6) e Piauí (1,95/100.000; y = -0,08x + 168,7) merecem destaque, pois que exibem elevados coeficientes de mortalidade por DC, embora apresentem tendência decrescente ao longo do período, diferente dos estados de Pernambuco (1,29/100.000; y = 0,002x – 3,6), Paraíba (0,79/100.000; y = 0,004x – 8,06), Rio Grande do Norte (0,53/100.000; y = 0,003x – 6,3) e Maranhão (0,11/100.000; y = 0,002x – 5,4), os quais apresentam tendência de ascensão de mortalidade pela doença, vide comportamento da linha de tendência e equação linear. Conclusão: a região Nordeste apresenta tendência decrescente para o desfecho óbito por DC, com destaque para tendência em ascensão dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão.