Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
RELAÇÕES ENTRE MATERNIDADE SOLO E SAÚDE DA MULHER NA PANDEMIA DE COVID-19: REVISÃO DE ESCOPO
Relatoria:
Elayne Christina de Almeida Soares
Autores:
- Mariana de Sousa Dantas Rodrigues
- Rayanne Santos Alves
- Luanna Silva Braga
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: Com enfoque na pandemia de COVID-19, considerando o distanciamento social e as novas dinâmicas de relações humanas e prestação de serviços, observou-se que a carente rede de apoio das mães solos, acoplada a tais questões, desencadeou uma série de fatores adoecedores. Com isso, posta a invisibilidade de estudos que envolvem mães solteiras, é necessário conhecer quais os aspectos de saúde dessas mulheres durante tal pandemia. Objetivo: Mapear as evidências científicas acerca das relações entre maternidade solo e a saúde da mulher na pandemia de COVID-19. Metodologia: Revisão de escopo que empregou o modelo do Instituto Joana Briggs, tendo coleta de dados realizada em maio de 2022. A questão da pesquisa “Quais as evidências científicas existentes acerca da relação entre maternidade solo e a saúde da mulher na pandemia de COVID-19?”, originou-se dos elementos: mães solteiras, representando a população; saúde da mulher como conceito; e o contexto da pandemia de COVID-19. Para a busca de estudos, utilizou-se a combinação de Descritores em Saúde “single mother” e “COVID-19”, nas fontes eletrônicas: Biblioteca Virtual de Saúde, Pubmed, Portal CAPES e EBSCOhost. Resultados: De acordo com o diagrama PRISMA, foram identificadas 3204 publicações relacionadas ao tema, dessas, após triagem e critérios de elegibilidade, oito estudos compuseram a amostra desta revisão. As evidências científicas apontaram importantes aspectos sobre a vulnerabilidade de mães solteiras, cuja síntese originou três eixos temáticos: 1 - Conflito trabalho-família, caracterizado por recursos insuficientes para criação dos filhos, maior sobrecarga das mães-solos e níveis consideráveis de estresse; 2 - insegurança financeira e sociabilização, que abrangem instabilidade econômica generalizada, demissões e diminuição de recursos, o que reflete em declínio de bem-estar materno; e 3 – Comprometimento da saúde mental, atrelado à discriminação de gênero, violência, racismo, disparidades econômicas e atribuições domésticas demasiadas, que se intensificaram nesta pandemia. Considerações finais: A construção histórica da figura feminina, juntamente aos aspectos conflitantes da maternidade solo, a demanda de trabalho e carência de rede de apoio, desencadeiam neste público, principalmente em períodos de crise, maior vulnerabilidade social e propensão ao adoecimento mental. Descritores: Mãe Solteira. Saúde. COVID-19.