Introdução: HIV é a sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ele ataca as células do sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. O vírus altera o DNA da célula, transformando-a em uma cópia dele mesmo. A mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes HIV positivos está diminuindo gradualmente. Entretanto, pacientes gravemente enfermos soropositivos com sepse apresentam pior prognóstico. Objetivo: Analisar a relação do HIV e a sepse como uma problemática para saúde pública. Método: O presente estudo foi produzido por meio de uma revisão de literatura. Para o levantamento bibliográfico, foi realizada a busca dos artigos nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Base de dados Latino-Americana e do Caribe em ciências da Saúde (LILACS), PUBMED, Base de dados de Enfermagem (BDENF) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME) utilizando como descritores da saúde: Sepse; HIV; Saúde Pública, associado ao operador booleano "AND". Resultados e discussão: A expectativa de vida mais longa dos pacientes HIV positivos devido à terapia antirretroviral e melhores resultados na UTI apoiaram uma indicação mais precoce para cuidados intensivos nessa população. Com o tempo, a sepse vem ganhando importância como causa de internação de pacientes HIV positivos na UTI e está associada a um desfecho ruim. Portanto, é necessário um melhor entendimento das peculiaridades da sepse nessa população. A sepse, caracteriza-se pela disfunção orgânica por meio de micro-organismos, que causa uma exacerbação da resposta inflamatória após contato do agente agressor na corrente sanguínea lesionando órgãos e tecidos. Essas alterações estende-se para todo o corpo influenciando diretamente na desregulação da pressão arterial, redução da perfusão sanguínea prejudicando o fator de coagulação consequentemente queda nas plaquetas, o indivíduo também apresenta confusão mental e baixa produção de urina, tais complicações resultam em falência múltipla de órgão. Considerações finais: A sepse tem curso mais grave em pacientes HIV positivos com predominância de focos pulmonares e abdominais, agentes etiológicos fúngicos e micobacterianos e menor resposta a marcadores inflamatórios. Consequentemente, é importante ter alta suspeita clínica de sepse com investigação etiológica agressiva e monitoramento da resposta terapêutica.